Aliados nas Forças Armadas tentam evitar que o general passe pelo constrangimento de ser indicado por tentativa de golpe
O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, tem se mostrado cético em relação às investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. “Isso vai acabar não dando em nada”, tem dito o militar em conversas com pessoas próximas. A informação é da jornalista Monica Gugliano, do ESTADÃO.
O general, que tem estado recluso após a saída do governo, tem dito a terceiros que, quanto mais quieto ficar, maiores serão suas chances de escapar ileso das investigações. Ídolo de gerações de militares, Heleno é um tríplice coroado (honraria concedida aos alunos aprovados em primeiro lugar nas três principais escolas militares de formação do Exército) e esteve sempre muito próximo de Bolsonaro desde o início da campanha eleitoral.
Ao final do governo, Heleno estava convencido de que eram necessárias ações duras para conter o “comunismo” representado por Lula. Passou a ter reuniões constantes com o candidato a vice-presidente na chapa bolsonarista, Walter Braga Netto, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e o comandante da Marinha, Almir Garnier Santos.
Já em sua fase final, o inquérito causa grande apreensão na cúpula das Forças Armadas com relação a situação dos ex-comandantes. A possibilidade de uma anistia está cada vez mais distante e difícil. No Congresso, se debate a possibilidade de um perdão, que interessa muito a Bolsonaro, de olho no pleito de 2026.
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