Lei atual gera situações de desigualdade e constrangimento para pessoas trans, diz parlamentar
A deputada Duda Salabert (PDT-MG) apresentou projeto de lei que altera a Lei do Serviço Militar (Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964), para dispor sobre o alistamento militar de homens trans.
A proposta da parlamentar transgênero prevê que, ao retificarem seu sexo para masculino, as pessoas terão o prazo de um ano para fazer o alistamento militar, sem pagamento de multas ou penalidades por atraso.
Salabert justifica que a Lei do Serviço Militar não prevê normas para o alistamento de pessoas trans, gerando situações de desigualdade e constrangimento.
No Brasil – afirma – todos os homens devem se alistar ao completarem 18 anos. Entretanto, homens trans que realizam a retificação de gênero após essa idade ficam sujeitos às mesmas penalidades aplicadas a homens cisgênero que se alistarem fora do prazo regular.
Como antes da retificação os cidadãos não eram obrigados a se alistar, por serem considerados do gênero feminino, penalizar homens trans com multas e sanções contraria os princípios da razoabilidade e da justiça, argumenta.
O tratamento desigual imposto por tais penalidades reforça o estigma e o preconceito que essa população enfrenta em diferentes esferas da vida social, completa a parlamentar em sua justificativa.
Confira o Projeto de Lei na íntegra
PL 4101 2024 – Alistamento de homens transgênero
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