Temer: sem apoio das Forças Armadas, “não há golpe possível no país”

 

“Há alguns militares, mas não foi a instituição como um todo. A instituição como um todo, seja Exército, Marinha ou Aeronáutica, não participou disso”, disse o ex-presidente sobre suposta tentativa de golpe em 2022

 

O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse nesta segunda-feira (25) não ver como um grande risco o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes porque, de acordo com ele, embora haja tentativas, elas não vão adiante.

“Invadiram prédios agora em 8 de janeiro. Mas vocês se lembram que no meu governo, quando nós cuidávamos da reforma da Previdência, as centrais sindicais mandaram 1.600 ônibus lá, que incendiaram ministérios, tentaram invadir o Congresso, viraram carros, queimaram carros”, disse Temer.

O emedebista relembrou que um de seus ministros sugeriu que as Forças Armadas fossem acionadas para atuar em uma missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que no dia seguinte optou por “falar do futuro” ao invés dos atos que ocorriam naquele momento.

“Seis horas (da tarde) terminou tudo. Houve noticiário à noite e no dia seguinte de manhã. Mas, quando deu meio-dia, a imprensa me entrevistou, e eu disse: se o episódio é de ontem, ontem é passado. Eu não falo do passado, vou falar do futuro”.

Temer fez essas afirmações ao ser questionado por jornalistas se não via o plano como um risco à democracia. Durante sua fala no CNC Global Voices, evento da promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, ele disse que não tinha temor de retrocessos da democracia e de suas instituições.

“Convenhamos, golpe para valer, você só tem quando as Forças Armadas estão dispostas a fazê-lo. Se as Forças Armadas não estiverem dispostas a fazê-lo, não há golpe possível no país”, afirmou.

“Há alguns militares, mas não foi a instituição como um todo. A instituição como um todo, seja Exército, Marinha ou Aeronáutica, não participou disso. Participaram figuras de um setor, de outro setor. Até porque, 36, numa multidão, até que não é muito”, minimizou Temer.

Com agências de notícias

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