Ex-ministro de Bolsonaro, general Ramos procura STF para saber mais sobre inquérito do golpe

 

Ramos não fez parte do rol de indiciados, mas mostrou interesse em saber os próximos passos das apurações
Bela Megale
Ex-ministro de Jair Bolsonaro, o general da reserva Luiz Eduardo Ramos procurou interlocutores do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) para entender melhor os desdobramentos do inquérito do golpe. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes tornou pública a investigação da Polícia Federal que indiciou 37 pessoas, entre elas Bolsonaro e seis generais.

Ramos não fez parte do rol de indiciados, mas mostrou interesse em saber os próximos passos das apurações. O general da reserva ouviu de um ministro do Supremo que a investigação, pelo menos por parte da PF, está encerrada.

A aliados, Ramos também confidenciou ter falado com pessoas que integram a PGR. Agora, caberá ao órgão decidir se vai denunciar ou não os indiciados pela PF.

O nome do ex-ministro chegou a ser citado em uma decisão de Alexandre de Moraes, quando determinou a prisão do general Mário Fernandes, ex-número dois na pasta da Secretaria-Geral da Presidência.

O documento traz mensagens do militar encaminhadas ao então chefe. A PF mostrou que, entre os dias 15 e 16 de novembro de 2022, Fernandes enviou um áudio pedindo para Ramos “blindar” Bolsonaro contra o desestímulo de apoio ao que chamou de “atos antidemocráticos”, em referência aos acampamentos em frente aos quartéis. Ele também enviou conteúdos para estimular o discurso de que houve fraude na eleição.

Como revelou a investigação da PF, Fernandes foi um dos articuladores do plano de golpe que incluía o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

O GLOBO – Edição: Montedo.com

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