Como Exército e Aeronáutica viram o vídeo da Marinha sobre “privilégios”

 

Marinha decidiu que precisava ser mais incisiva, para mostrar as obrigações da profissão, avaliam militares do Exército e Aeronáutica

Bela Megale
Integrantes da cúpula da Aeronáutica e do Exército viram o vídeo da Marinha, que traz críticas ao pacote de corte de gastos de Fernando Haddad, como um “desabafo”. Eles consideram que a mensagem poderia ter sido mais “suave”, mas admitem que o público interno aprovou o tom da gravação.

Integrantes da cúpula da Aeronáutica e do Exército interpretaram o vídeo como um material que destaca a profissão dos militares “de maneira mais direta”. Na avaliação de membros das duas Forças ouvidos pela coluna, a Marinha decidiu que precisava ser mais incisiva, para mostrar as obrigações da profissão.

No domingo, a Marinha divulgou um vídeo nas redes sociais com imagens de integrantes das Forças Armadas em treinamentos, enquanto civis aproveitavam momentos de lazer. No fim, a gravação é encerrada com uma militar questionando: “Privilégios? Vem pra Marinha”.

O foco da mensagem era questionar o corte de gastos que atingirá os militares quando forem para reserva. A aposentadoria nas Forças Armadas é considerada, internamente, um dos poucos atrativos para trazer novos membros. O pacote do Ministério da Fazenda estabelece a idade mínima de 55 anos para que militares possam ir para a reserva. No plano negociado entre a Fazenda e a Defesa, a transição para que essa regra passe a valer será até 2032.

A gravação da Marinha gerou reações negativas, como a da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann. Ela classificou o vídeo como “grave erro” e apontou que o ex-comandante da Força, Almir Garnier Santos, foi um dos indiciados pela Polícia Federal, por tentativa de golpe de Estado.

O GLOBO

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