Senador destaca alistamento militar feminino nas Forças Armadas

 

General lembrou que a Aman precisou de quatro anos para se adaptar ao efetivo feminino

Ao destacar o primeiro alistamento feminino voluntário das Forças Armadas, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) lembrou que existem mais de 37 mil mulheres no Exército, Marinha e Aeronáutica que ingressaram por meio de concurso público.

O general da reserva explicou que as recrutas, não vão atuar na área combatente, que exige uma seleção específica, mas nas de de saúde, ensino e logística. Mourão afirmou que as Forças Armadas estão se adaptando há anos para aumentar o efetivo de mulheres.

As candidatas do primeiro alistamento feminino serão submetidas a uma seleção geral e a outra específica com entrevista, exames médicos e testes de aptidão. Se aprovadas, vão ingressar nas Forças em março ou agosto do ano que vem para um serviço militar de um ano, prorrogável por 8 anos.

“No caso particular do Exército, que é o grande receptor do serviço militar obrigatório, a partir do ano de 2022 temos oficiais graduados pela Academia Militar das Agulhas Negras. Agora, então, abriu-se essa oportunidade para moças na idade de 18 e 19 anos se apresentarem como voluntárias e obviamente irão servir nos contingentes como a gente chama os hospitais, quartéis generais e não no corpo de tropa onde obviamente as condições são outras e ainda não temos as instalações adequadas para ter um efetivo maior”, disse o senador.

Aman levou quatro anos preparando-se para receber mulheres
O senador usou  a Academia Militar das Agulhas Negras  para exemplificar as dificuldades  das adequações necessárias ao efetivo feminino:

“Eu relato que eu vi na Academia Militar, que nós levamos 4 anos preparando a academia para receber as mulheres porque (fizemos) obras, banheiro, houve testes com equipamentos porque o equipamento masculino não é igual ao equipamento feminino por causa do próprio corpo da mulher, então ele tem que se moldar melhor. Não adianta pegar um colete tático pesado jogar numa mulher por causa da questão do corpo dela, e não é nem a questão do peso, mas a questão dinâmica dela. Então, tudo isso foi testado para quando elas incorporassem tivessem o mínimo de problema possível”, concluiu.
Com Agência Senado

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