Três oficiais generais das Forças Armadas estão entre os nomes cotados para assumir a pasta da Defesa no lugar do demissionário ministro José Múcio. É o que afirma a jornalista Mara Luquet, do canal myNews.
Em seu artigo Quem, afinal, manda na Defesa? , reproduzido aqui no site, Mara escreveu:
Na bolsa de apostas para suceder Mucio estão dois generais, Edson Pujol e Santos Cruz, ambos já serviram ao governo Bolsonaro e pediram para sair porque se recusaram a entrar no jogo político do ex-presidente com as Forças Armadas e ataques ao sistema democrático.
Há também um brigadeiro, Francisco Joseli Camelo, hoje ministro do Supremo Tribunal Militar, e que já serviu como piloto da ex-presidente Dilma e do próprio presidente Lula.
Muitos civis também são alvos de especulação para o cargo, inclusive o vice-presidente Alckmin.
Minha análise
Considerando o grande desgaste político que iria sofrer ante a militância petista, é muito improvável que Lula designe um militar da reserva para ser o titular da Defesa. Ainda está na memória de todos a pusilanimidade e o servilismo do general Braga Netto, ao mandar o Exército “passar pano” para a escancarada transgressão disciplinar de Eduardo Pazzuello, isentando-o de punição por seu discurso em um comício ao lado de Bolsonaro, no Rio.
Entretanto, diante da informação, cabe uma análise dos nomes citados:
Santos Cruz
Esqueça! É general de divisão. Lula, que busca pacificar a relação institucional com os militares desde o início do Governo, não cometerá o erro primário de colocar um “pica-fumo” para comandar oficiais generais quatro estrelas.
Além disso, não é versado em manhas políticas. Ao ser confrontado por Bolsonaro com um áudio infame produzido por Carluxo e sua corja midiática, chutou o balde e saiu do governo atirando.
Camelo
Não duvide. Tem excelente relação com Lula, a quem trata de agradar sempre que pode. É um mestre na arte de ‘engolir sapos’. Ouviu muitos desaforos de Dilma e várias vezes mudou rotas de voo do avião presidencial para desviar de turbulências, não por razões de segurança, mas porque madame reclamava – aos gritos! – dos solavancos.
É o “G. Dias da Aeronáutica”. Caso raro de oficial superior que galgou todos os postos da hierarquia ocupando um único cargo: piloto do avião presidencial. Ingressou na função como tenente-coronel aviador e deixou o cargo como brigadeiro do ar, posto máximo da FAB. De quebra, ainda ganhou uma vaga de ministro do STM.
Pujol
“Queixo duro”. Durante a epidemia de Covid 19, ofereceu o cotovelo à mão estendida de Bolsonaro ao recepcioná-lo no Comando Militar do Sul.
Era o real alvo do ‘mito’ ao nomear Braga Netto para a Defesa, apeando do cargo o general Fernando. A presença de um oficial mais moderno no cargo provocou uma crise militar e motivou a demissão dos três comandantes. Em seu lugar, assumiu o comando do Exército o general Paulo César. O que veio a seguir, todos sabemos.
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