Projeto das “Forças Armadas” do Rio segue em discussão

 

Criação de Força Municipal foi anunciada em 1º de janeiro, mas estudos para regulamentar atividade ainda não terminaram
Luiz Ernesto Magalhães
Anunciado há 18 dias, o plano da prefeitura do Rio de criar um efetivo armado para atuar na cidade ainda está em estudos, ainda sem data para serem finalizados. A informação foi dada na última quinta-feira pelo vice-prefeito, Eduardo Cavaliere. Uma comissão foi criada no início do mês para propor uma regulamentação do serviço, em forma de um projeto de lei a ser encaminhado à Câmara Municipal. A criação desse efetivo depende de uma emenda à Lei Orgânica, que teria de ser aprovada por 34 dos 51 vereadores do Rio.

A promessa de uma Força Municipal Armada foi feita pelo prefeito Eduardo Paes no dia 1º de janeiro, ao tomar posse para seu quarto mandato. A ideia é que esses efetivos não estejam vinculados diretamente à Guarda Municipal, que seria ”refundada”, numa reforma administrativa que também ainda se encontra em estudos.

— Ainda que a possibilidade de atuação no tema seja limitada, vamos assumir mais responsabilidades. Será uma força armada que vai trabalhar integrada às polícias. Ela será voltada para a polícia de segurança e proximidade, em áreas de grande circulação de pessoas. Queremos trazer egressos das Forças Armadas para compor seus quadros em parceria com o Ministério da Justiça. É uma iniciativa inédita de nossa manutenção da lei e da ordem na cidade — disse Paes em seu discurso de posse na Câmara do Rio.

No mesmo dia, em entrevista, ele voltou ao tema:
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— A gente entende que, diante de certos posicionamentos do governo do estado, a gente deve assumir certas responsabilidades que não seriam naturais do município. Óbvio que temos limitações, mas que serão enfrentadas de maneira mais contundente. Essa força municipal terá um trabalho complementar às forças policiais. Ela pode fazer um policiamento ostensivo, firme, em áreas que não são conflagradas. Esse enfrentamento para retomar áreas conflagradas é papel do Estado, que tem o monopólio da força — explicou Paes.
O GLOBO – Edição: Montedo.com

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