Planalto monitora o que acontece em Roraima e blindados estão na região, mas avaliação é que movimentação de tropas de Maduro não implica em risco ao país
Renata Agostini
Brasília – A decisão da Venezuela de promover exercícios militares na fronteira com o Brasil alarmou governadores da região e deixou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em estado de atenção, segundo dois integrantes do alto escalão da gestão petista. Por causa da movimentação de armamento, a fronteira foi fechada pelo regime de Nicolás Maduro. É a segunda vez que o fluxo entre os países é interrompido, afetando especialmente a região de Pacaraima, em Roraima.
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Segundo o Itamaraty, o governo venezuelano disse que a restrição da circulação entre os países foi feita por “medida de segurança” e seguirá até esta quinta-feira. Trata-se do primeiro exercício do ano do chamado “Escudo Bolivariano”, como é chamada a operação que, de acordo com Maduro, busca “garantir a paz, a soberania, a liberdade e a verdadeira democracia” na Venezuela.
Na avaliação do governo, ainda que seja importante estar atento, a movimentação de tropas de Maduro não implica em risco ao país. O Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa, porém, estão monitorando de perto o que acontece em Roraima. O Exército deslocou alguns blindados que já estavam na região para perto da fronteira por “precaução”, segundo fontes a par da situação.
O Planalto pediu mais informações sobre o que acontece em Pacaraima após informações circularem nas redes sociais de que forças venezuelanas haviam entrado em território brasilleiro, o que foi negado por integrantes do Itamaraty e da Defesa.
Os relatos na internet sobre os exercícios militares também chegaram aos governadores da região Norte, que ficaram preocupados, segundo relato de um deles. Em Roraima, o receio é também econômico. Isso porque, com a fronteira fechada, o comércio na região de Pacaraima é afetado.
O GLOBO – Edição: Montedo.com
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