Números do primeiro mês demonstram o grande interesse das jovens em integrar as Forças Armadas
Marcelo Barros
Com 22,5 mil alistamentos registrados até agora, o Serviço Militar Inicial Feminino, implementado em 2025, reafirma o desejo das brasileiras de contribuir para a segurança e a soberania nacional. Essa novidade oferece uma oportunidade de inclusão, ao mesmo tempo que fortalece o papel das mulheres nas Forças Armadas.
O alistamento feminino em números e impacto nacional
O primeiro mês de alistamento feminino no Brasil já demonstra um grande interesse das jovens em fazer parte das Forças Armadas. Desde o dia 1º de janeiro, mais de 22,5 mil mulheres se alistaram no processo de seleção voluntária para o Serviço Militar Inicial, que disponibiliza 1.500 vagas em 29 cidades brasileiras. A novidade, prevista no Decreto nº 12.154/2024, permite que mulheres de 18 anos participem da seleção para incorporar como soldados no Exército, Marinha ou Aeronáutica.
Porto Alegre, uma das cidades com maior número de alistadas, é um exemplo do entusiasmo gerado pela novidade. Para Lavínia Ávila Félix, jovem de 18 anos que se alistou no Exército, essa oportunidade é a realização de um sonho de infância inspirado nas histórias de seu pai. “Ele sempre falou sobre o quanto o quartel mudou sua vida. Quero seguir esse legado”, comenta.
O alistamento é realizado de forma simples, com opções de inscrição online por meio do site alistamento.eb.mil.br e presencialmente nas Juntas de Serviço Militar. A plataforma digital tem sido um diferencial, facilitando o acesso e incentivando a adesão de candidatas em todo o País.
Processo seletivo e as expectativas das candidatas
Embora o alistamento feminino seja voluntário, uma vez incorporadas, as mulheres passam a cumprir as mesmas obrigações previstas para os homens, incluindo o serviço militar de um ano e a possibilidade de prorrogação ou engajamento. As etapas do processo incluem prova objetiva, apresentação de documentos e avaliação de aptidão física.
Além disso, as alistadas têm a oportunidade de escolher a Força em que desejam servir, dependendo da disponibilidade de vagas na região. Após a conclusão do serviço militar, as mulheres receberão o Certificado de Reservista e estarão aptas a atender uma convocação em caso de necessidade, contribuindo para a defesa do Brasil.
Para muitas jovens, como Lavínia, o processo de seleção representa um desafio e uma oportunidade única de aprendizado e crescimento. “Espero encontrar disciplina, valores e experiências que vão me preparar para a vida”, relata.
Histórico e futuro da participação feminina nas Forças Armadas
A participação feminina nas Forças Armadas tem um marco histórico em Maria Quitéria de Jesus, primeira mulher a servir ao Exército Brasileiro durante a Independência. Hoje, as mulheres já ocupam cargos importantes como oficiais e sargentos, tanto na carreira como temporárias.
A implementação do alistamento feminino para o Serviço Militar Inicial é um passo significativo no fortalecimento da inclusão das mulheres. Especialistas apontam que a medida não apenas promove a igualdade, mas também reforça a capacidade das Forças Armadas em atrair talentos diversos e atender demandas operacionais.
Com o grande interesse demonstrado pelas candidatas neste início de 2025, espera-se que essa iniciativa inspire futuras gerações a contribuir com a segurança e a defesa do País, consolidando o papel das mulheres na história das Forças Armadas Brasileiras.
DEFESA EM FOCO – Edição: Montedo.com
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