A reação de integrantes da cúpula militar que assistiram “Ainda estou aqui”
Bela Megale
Entre os mais de 4 milhões de expectadores no Brasil que já assistiram o filme “Ainda estou aqui” estão alguns integrantes da cúpula das Forças Armadas.
A produção brasileira dirigida por Walter Salles e protagonizada por Fernanda Torres teve elogios, inclusive, desses militares, que pediram para ter seus nomes mantidos sob sigilo. A justificativa é qie não querem “acirrar o clima de polarização”.
Eles relatam que ainda sofrem resistência e ataques de parte significativa da população e também de membros das Forças, especialmente da reserva, por não terem embarcado em um novo golpe de Estado, com a derrota de Jair Bolsonaro. Por isso, afirmam que, apesar de o filme ser “importante”, é um tema espinhoso na caserna.
O filme conta a história de Eunice Paiva, uma advogada e ativista que procura justiça pelo desaparecimento do marido, o ex-deputado Rubens Paiva, assassinato pela ditadura militar no Brasil.
A coluna ouviu militares da cúpula da Aeronáutica e Exército. Nenhum deles negou os fatos sobre a ditadura retratados na obra de Walter Salles. Entre as cenas apontadas como a que mais chamou atenção de um militar de altíssima patente está o período que a protagonista Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, ficou detida por 12 dias no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna), no Rio de Janeiro.
“Ainda estou aqui” concorre ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor filme estrangeiro e melhor atriz, com Fernanda Torres.
O GLOBO
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