Prefeito Eduardo Paes apresentou aos vereadores o projeto na abertura do ano legislativo da capital carioca
Luiz Ernesto Magalhães e Felipe Grinberg
Rio – O prefeito Eduardo Paes (PSD) apresentou ontem o projeto de criação de uma força municipal armada na abertura do ano legislativo da Câmara dos Vereadores. A proposta vai passar pelas comissões e por audiências públicas até ir a plenário. A previsão do presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD), é que a matéria seja votada até o fim de junho, antes do recesso do meio do ano.
— A maior angústia dos cariocas é a insegurança. Mas é preciso que o estado cumpra seu papel. Sem um comando efetivo das polícias, não haverá solução para o problema. Caso contrário, teremos um estado de anomia, de anarquia — disse o prefeito em seu discurso para os vereadores.
A Força Municipal de Segurança será um destacamento especial na estrutura da Guarda Municipal do Rio, integrado por oficiais da reserva das Forças Armadas. A proposta é que eles trabalhem no patrulhamento ostensivo de áreas com mais registros de roubos, mas não participem de operações em favelas. O projeto não prevê o uso de câmeras nos uniformes, como as polícias Civil e Militar tiveram que adotar.
Além do texto que cria o novo grupo, um outro autoriza o uso de arma por esse efetivo. Os dois serão analisados em conjunto. O vice-prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere, explicou que a meta é treinar 600 agentes por semestre. Se for possível, o desejo do município é colocar os primeiros integrantes da força nas ruas ainda este ano, embora o mais provável seja em 2026. A meta é chegar a um efetivo de 4,2 mil guardas armados até o final de 2028. Os agentes vão trabalhar com contratos temporários de um ano, renováveis por mais cinco, e com salário de R$ 13,3 mil. Leia mais.
O GLOBO – Edição: Montedo.com
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