Investimentos em tecnologia e capacitação técnica, somados à excelência dos serviços prestados pela FAB, garantem um sistema de navegação seguro, eficiente e de referência internacional
Agência Força Aérea – DECEA, por Denise Fontes
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), desempenha um papel crucial na garantia da segurança da navegação aérea. A organização reúne recursos humanos, equipamentos e infraestrutura com a missão de prover a segurança e a fluidez de mais de dois milhões de pousos e decolagens por ano.
É de responsabilidade do DECEA dotar o País de um sistema de controle de tráfego aéreo integrado, sendo o único no mundo que utiliza a mesma estrutura para as atividades de controle de tráfego aéreo e defesa aérea.
Além disso, o Departamento possui também uma rede de radares e centros de controles espalhados geograficamente, que fornece, em tempo real, o posicionamento de todas as aeronaves no território nacional.

Defesa Aérea a serviço da soberania e proteção do país
Os controladores de operações aéreas militares executam a vigilância do espaço aéreo, 24 horas por dia, sete dias por semana, controlam a aeronave de alerta durante o voo, além da defesa aérea permanente das áreas de interesse nacional.
Todo esse esforço soma-se aos mecanismos já existentes da Força Aérea, que emprega radares, satélites e aeronaves, cujo objetivo é a vigilância do espaço aéreo. Muitas dessas estruturas estão estrategicamente alocadas em áreas fronteiriças e buscam interceptar todo tipo de tráfego ilícito que possa transportar armas, contrabando ou drogas. Impede, assim, esse fluxo ilegal para o território brasileiro, evitando que ele alcance os grandes centros, sendo uma das maiores contribuições da FAB em prol da segurança do País.

Pronta resposta salva vidas
O Brasil se destaca na América do Sul e figura entre os países que melhor se preparam para atender às vítimas de acidentes aeronáuticos e marítimos. Todos esses esforços combinados resultam em uma estrutura capaz de fazer frente aos desafios que se apresentam diariamente ao Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico.
Com atuação em uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados, grande parte sobre o Oceano Atlântico e a Amazônia, o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR) tem por objetivo a localização e o socorro de ocupantes de aeronaves ou de embarcações em perigo.
Para cumprir sua missão, o SISSAR tem como órgão central o DECEA, que é o responsável pelo planejamento, normatização e supervisão da atividade.
Além dos militares capacitados, há ainda aeronaves com tecnologia de ponta empregada para o cumprimento da nobre missão de salvar vidas. Cabe ao Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC) verificar o sinal de alerta recebido por ocupantes de aeronaves ou embarcações em situações de perigo e transmiti-lo aos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáuticos (ARCC), conhecidos como SALVAERO, situados nos Quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) – em Brasília (DF), Curitiba (PR), Recife (PE) e Manaus (AM) –, e/ou aos Centros de Coordenação de Salvamento Marítimo (MRCC), conhecidos como SALVAMAR, que assumem a missão de prestar o serviço de busca e salvamento.
Todas as informações são criteriosamente analisadas e, confirmando a emergência, é acionado o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), para que disponibilize os meios aéreos que serão responsáveis por executar a missão de Busca e Salvamento.
Tecnologia de ponta

O DECEA dispõe de modernos sistemas CNS/ATM (comunicação aeronáutica, navegação aérea, vigilância e gerenciamento de tráfego aéreo) estrategicamente distribuídos no território brasileiro, assim como profissionais abnegados e qualificados para o planejamento, normatização, manutenção, fiscalização e operação das complexas redes de comunicação.
Nos últimos anos, a Força Aérea Brasileira, por meio do DECEA, tem modernizado sua infraestrutura com novos radares e expansão da cobertura via satélite, melhorando a vigilância e a comunicação no espaço aéreo. Esses avanços proporcionam maior precisão no monitoramento e na resposta a situações críticas.
Atualmente, o DECEA opera uma rede de 7.079 equipamentos em todo o país, garantindo comunicação, navegação e vigilância aérea de forma contínua. Com uma disponibilidade operacional de 99,55%, esses sistemas são mantidos com altos padrões, assegurando a continuidade das operações, mesmo sob alta demanda.
“Os investimentos em tecnologia de ponta permitem à sociedade brasileira usufruir de um sistema de navegação aérea seguro, ágil, eficiente e alinhado às melhores práticas internacionais. Esses serviços são conduzidos por profissionais altamente capacitados e preparados para executar a sua missão com excelência”, destacou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.
Fotos: DECEA
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