O bate-boca entre Trump e Zelensky marcou um dia histórico nas Relações Internacionais

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USA – Ucrânia

O bate-boca entre Trump e Zelensky marcou um dia histórico nas Relações Internacionais.

Foi a primeira vez que um país aliado, invadido pelo adversário histórico dos EUA, foi humilhado no Salão Oval e escorraçado da Casa Branca, em frente as câmeras de jornalistas do mundo todo. A armadilha foi montada previamente e o líder Ucraniano foi provocado pelo Vice-Presidente J Vance, usado como cachorro de briga por Donald Trump.

Zelensky fazia uma visita de Estado e havia aceitado assinar um Acordo colonialista com os Estados Unidos para explorar seus próprios recursos minerais.

A Ucrânia detinha o Terceiro Maior Arsenal Nuclear do mundo, se desfazendo em troca de proteção, cometendo o erro estratégico de confiar nas grandes potências e terceirizar sua segurança.

Estados Unidos e Rússia foram signatários do Memorando de Budapeste.

O Farol se apagou

Os Estados Unidos dos Pais Fundadores serviam como o Farol Moral da Liberdade e da Democracia, representando uma Liderança Moral e Militar incontestável na Civilização Ocidental. Isso acabou.
Hoje os EUA estão perigosamente se alinhando as Ditaduras como a da Rússia para uma reorganização da Ordem Internacional.

Não se pode mais confiar

A traição dos EUA não foi somente à Ucrânia, mas à Civilização Europeia e Ocidental.
Os novos idos de março, marcaram o fim da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Nenhum País Membro da Aliança Atlântica confia que os EUA vão cumprir o Artigo 5, no caso de um ataque. Bem pelo contrário, os EUA se transformaram em arautos da propaganda do maior inimigo dos países europeus.

Canadá X México

As ações norte americanas contra seus dois vizinhos já colocam uma ameaça de segurança e sao tratadas dessa forma pelo Governo dos dois países.
Uma ação armada contra o México pode criar problemas internos muito sérios nos Estados Unidos, com uma significativa população de imigrantes e de origem latina. Uma incursão militar no norte do México pode acontecer nas próximas semanas, o que marcaria uma violação da soberania mexicana.

Já o Canadá, tem uma ligação muito forte com a Inglaterra, França e a Coroa Britânica.
Há já uma discussão unilateral para uma redefinição das fronteiras com o Canadá. O interesse maior dos EUA é serem senhores do Ártico, trazendo para seu território o Canadá e a Groenlândia e assegurando o controle das rotas marítimas até a Rússia.

Brasil X EUA

Qualquer Líder Mundial – e o mandatário brasileiro não foge disso – terá receio de fazer uma Visita de Estado a Washington DC e participar de uma Entrevista Coletiva no Salão Oval.

Dentro do Jogo Geopolítico o Brasil é visto atualmente como um participante júnior, sem expressão e importância, graças a uma diplomacia arquitetada no softpower e desmontada pelos governos dos últimos vinte anos. O desprestígio do Brasil no cenário internacional é amparado por forças armadas fracas e sem capacidades, com lideranças mais preocupadas em agradar o presidente do turno do que construir capacidades e defesas.

Se os EUA estão abandonando Aliados Estratégicos, por quê dariam atenção ao Brasil?

Nós não seremos traídos pelos EUA de Donald Trump, apenas seremos tratados como vassalos, uma mera colônia de exploração. Para os militares e políticos que possuem bens, investimentos ou familiares vivendo nos EUA, não existe problema algum nisso.

Acordos de Mineirais com o Brasil

É uma questão de tempo para os Estados Unidos chamarem o Brasil para uma discussão difícil.

Um Acordo de Minerais tal qual seria assinado com a Ucrânia.

Como vamos reagir? Qual nosso poder dissuasório e de barganha? Vamos entregar nossos minerais aos EUA em troca de uma promessa de proteção e equipamentos militares de segunda linha fornecidos a conta gotas pelo FMS ou vamos aceitar e nos tornar uma Colônia novamente?

É possível que nos próximos meses Donald Trump pressione o Brasil sobre as doações feitas ao Fundo da Amazônia e querer receber de volta o “investimento“ feito pelos contribuintes americanos pela suposta preservação ambiental da floresta brasileira.

Compras de Equipamento Militar em xeque

As Forças Armadas deveriam repensar sobre a compra de Equipamentos Militares dos EUA. É hora de diversificar os fornecedores para termos mais independência e segurança sobre a entrega dos meios e o suporte no ciclo de de vida.

Deveríamos abrir negociações e parcerias estratégicas com outros países.

Além da Alemanha e França, o Brasil deveria explorar possibilidades de fornecimento de Material de Emprego Militar com a Itália e Turquia, inclusive venda de munição para estes países.

Estes, são países que detém uma pujante e independente Indústria de Defesa e que oferecem soluções modernas para as necessidades atuais e futuras do Brasil, além de possibilitarem produção local sob licença.

Precisamos urgentemente iniciar a aquisição de Equipamentos Militares e de Munições.

Devemos efetivar as compras de Blindados de Combate sobre rodas e lagarta em curso assim como Radares, Sistemas de Defesa Antiaérea, Fragatas pesadas e Aviões de Combate. Já passou da hora de iniciar a construção de capacidades militares. O assunto deve ser tratado como prioridade e urgência.

Risco de comprar equipamento militar americano

As recentes ações de Donald Trump tem mostrado o risco que é adquirir equipamento militares e munição dos Estados Unidos. O Brasil deveria repensar sua dependência de negócios via FMS, que além de não construir parcerias estratégicas e não possibilitar o desenvolvimento local, não traz garantia de entrega e funcionamento eficaz. Atualmente, sofremos uma série de problemas na operação e manutenção de meios comprados via FMS, como é o caso dos helicópteros anti-submarino SeaHawk. A compra de mísseis anti tanque Javelin no valor de 74 milhões de dólares deveria ser reavaliada imediatamente.

Argentina

Trump negocia nos bastidores um acordo de defesa com Javier Milei, transformando a Argentina no principal parceiro militar dos Estados Unidos na região, o que causa desconfiança e preocupação aos militares do Chile e do Brasil, além de uma inquietude que começa a ser sentida em Londres.

A Argentina está de preparando para algo?

Uma planilha de compras de munição do Exército Argentino está circulando na comunidade de inteligência. Seria apenas uma parte da munição que está sendo buscada no mercado internacional. Causou estranheza a aquisição de 6 milhões de cartuchos de munição 7,62 para metralhadoras , 1,2 milhão de 9mm e 300 mil para metralhadoras pesadas tipo Ponto 50, alem de 2 mil munições 105mm para o tanques TAM2C. Mais uma vez, os argentinos silenciosamente se modernizando e fazendo aquisições de armamento deixando o Brasil para trás. Hoje, uma pequena fração dos Leopard 1A5 fala, anda e atira, não conseguimos comprar munição de 105mm e 120mm por excesso de burocracia e não por falta de ofertas, e a entrega dos Centauro 2 segue devagar, sendo que o contrato de produção seriada ainda não foi assinado.

OTAN e o Brasil

Se os Estados Unidos deixarem a OTAN, essa seria uma oportunidade histórica para entrarmos na Aliança Atlântica. Seria uma oportunidade para prosperidade econômica do Brasil e uma chance para nossa indústria de defesa, que possui tecnologia e capacidade para produzir munições altamente requisitadas no mercado internacional, cuja venda não é autorizada pelo Ministério das Relações Exteriores.

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