Acordo previa repasses às Forças Armadas para manutenção e administração do Parque Olímpico
Roberto Gonçalves
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio do Ministério do Esporte, cortou um acordo de cooperação que previa repasses para as Forças Armadas manterem e administrarem os centros de treinamento que ficaram como legado da Olimpíada do Rio, de 2016. Como consequência, foram suspensos eventos, treinamentos e competições no Parque Olímpico de Deodoro, na Zona Oeste da capital fluminense, estrutura que pode atender mais de dez modalidades esportivas.
Com a área paralisada e sem verba específica para manutenção, os equipamentos do complexo correm o risco de deterioração. Além disso, setores do governo e da comunidade olímpica temem que a nova condição do legado físico atrapalhe os planos de o País receber os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2031. As cidades de Rio de Janeiro e Niterói formalizaram candidatura. A soma de gastos anunciados para erguer o complexo chegou a R$ 900 milhões, de 2004 a 2016, em valores não atualizados.
O ministro André Fufuca, do Esporte, em visita ao Parque Olímpico de Deodoro, em julho de 2024, quando sugeriu que acordo de cooperação seria prorrogado
O ministro André Fufuca, do Esporte, em visita ao Parque Olímpico de Deodoro, em julho de 2024, quando sugeriu que acordo de cooperação seria prorrogado Foto: Mariana Raphael/Ministério do Estadão
Em nota, o Ministério do Esporte informou que “aguarda a sanção do orçamento de 2025 para, a partir da nova realidade orçamentária da pasta, repactuar com o Ministério da Defesa a manutenção dos equipamentos”. A pasta não comentou impactos da paralisação do complexo em treinamentos e competições. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) diz manter conversas com o governo “para que as instalações voltem a operar normalmente”. O centro de comunicação do Exército não se pronunciou.
Os dois acordos firmados entre Esporte e Exército venceram em janeiro e em fevereiro deste ano, após cerca de uma década de prorrogações. O principal deles é de fevereiro de 2017, assinado pelo então comandante da Força, general Eduardo Villas Bôas, e pelo ministro da época, Leonardo Picciani. Leia mais.
Blog do Roberto Araripina – Edição: Montedo.com
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