China lança novas manobras militares em torno de Taiwan e avisa: “Independência significa guerra!”

O Ministério da Defesa de Taiwan fala em “desafio aberto à ordem internacional” que compromete a “estabilidade regional”.

A China anunciou, esta terça-feira, novas manobras em torno de Taiwan, com unidades do exército, marinha e aviação. Pequim justifica os exercícios em grande escala como “um aviso sério às forças separatistas que procuram a independência da ilha”. Em comunicado, Zhu Fenglian, a porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan, escreveu que “a independência de Taiwan significa guerra e a promoção da independência de Taiwan significa empurrar o povo de Taiwan para uma situação perigosa de conflito armado”.

As manobras surgem depois de o líder de Taiwan, William Lai Ching-te, ter chamado a China de “força externa hostil” e ter anunciado iniciativas para travar operações que chamou de “infiltração” de Pequim na ilha.

Em resposta, este que é considerado como um “independentista” e um “desordeiro” pelo Governo chinês, ordenou, esta terça-feira, aos departamentos de segurança e defesa que respondam “com rigor” às novas manobras militares da China. Por sua vez, a porta-voz da presidência taiwanesa, Karen Kuo, declarou que se mantém “controlo total” sobre os exercícios chineses que denunciou como “acções unilaterais” de Pequim que – passo a citar – “minam a segurança e a estabilidade regionais”, aumentam as tensões e desafiam “descaradamente” a ordem internacional.

Em comunicado, o ministério da Defesa de Taiwan confirmou que a China enviou o porta-aviões Shandong e vários outros navios de guerra para as imediações da ilha. As Forças Armadas taiwanesas activaram o “mecanismo de resposta” à nova vaga de exercícios militares de Pequim que classificam como um “desafio aberto à ordem internacional” que compromete a “estabilidade regional”. Nesse sentido, os serviços estão em alerta máximo, mas mantêm o princípio de “não escalar conflitos ou provocar disputas”.

Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949 e tem o seu exército e sistema político, económico e social diferente da China. Pequim vê Taiwan como “parte inalienável” do seu território. Por isso, nos últimos anos intensificou a pressão sobre Taiwan, realizando regularmente exercícios militares de grande escala que simulam um bloqueio marítimo e aéreo da ilha.
RFI – Edição: Montedo.com

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