Vice-presidente da fabricante sueca da aeronave diz que empresa espera vender mais unidades ao país
Paulo Assad
Rio – O ano de 2025 deve ver o primeiro caça Gripen brasileiro equipado e capacitado para disparar mísseis, informou o tenente-coronel Ramon Fórneas, comandante do 1º Grupo de Defesa Área, unidade responsável pela implementação da aeronave. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa na feira militar LAAD, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira.
— Hoje, a gente interceptaria (um avião inimigo), mas não empregaria o nosso armamento. Isso vai vir com a entrega da próxima capacidade ao longo desse ano — disse Fórneas ao ser questionado sobre o tema.
Apesar de já estarem operacionais e participarem de treinamentos militares, os caças Gripen da FAB ainda estão recebendo atualizações que permitirão que eles estejam aptos para uma série de tarefas. O uso de armamentos é uma delas.
— Estamos em um momento marcante. Estão sendo entregues as novas capacidades da aeronave na próxima configuração, a Basic Capability Update (BCU). Vêm inúmeras capacidades de performance associadas com relação a emprego de armamento. O grande desafio esse ano é receber essa nova capacidade, com atualização de pilotos manuais, adequação doutrinária da unidade aérea, treinamento de pessoal — disse Fórneas.
Segundo ele, a próxima atualização de software deve ocorrer nas próximas semanas.
Também presente na coletiva, Mikael Franzén, vice-presidente da SAAB, empresa sueca responsável pela fabricação do caça, comentou as mudanças no cenário geopolítico nos últimos anos, intensificadas após o presidente Donald Trump assumir o seu segundo mandato nos Estados Unidos:
O vice-presidente da SAAB também declarou que a empresa espera conseguir vender mais caças ao pos tem sido muito preocupante. Há muitas mudanças. Especialmente na Europa, onde há grandes investimentos em Defesa. Os investimentos suecos no sistema Gripen serão bons para o Brasil — disse Franzén.
O vice-presidente da SAAB também declarou que a empresa espera conseguir vender mais caças ao país:
— Estamos trabalhando em estreita colaboração com o Brasil, analisando as capacidades e as aprimorando. Mas o Brasil é um país enorme, por isso esperamos que a Força Aérea compre mais aviões do que os 36 com os quais trabalhamos agora.
O GLOBO – Edição: Montedo.com
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