Tragédia climática no RS completa 1 ano; Exército avalia estar mais preparado
Exército passará a ter tropas permanentes em Porto Alegre; Força fará seminário para rever lições e discutir novas estratégias para lidar com eventos climáticos extremos
Roseann Kennedy e Eduardo Barretto
O Exército avalia estar mais preparado para lidar com eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul e passará a ter uma tropa permanente em Porto Alegre. Um ano depois do maior desastre climático do estado, com enchentes que mataram 183 pessoas, a Força fará um seminário para rever as lições aprendidas daqueles dias e discutir novas estratégias de atuação. O seminário “Operação Taquari” acontecerá de 8 a 10 de abril no auditório do Ministério Público gaúcho.
“Há eventos climáticos ocorrendo. Torcemos para que não aconteça (outra tragédia no RS), mas se ocorrer estamos mais bem preparados”, afirmou à Coluna do Estadão o general Jayro Rocha Junior, comandante da 6ª Divisão de Exército, que organiza o seminário.

Para o general, o principal aprendizado da Operação Taquari II, que envolveu 20 mil militares das três Forças Armadas, foi a integração com diversas instâncias do Poder Público. Uma surpresa, contou, foi a mobilização da população para ajudar também os animais durante as enchentes.
Tratores fazem limpeza de rua após enchentes em Canoas (RS) Foto: Bruno Peres/Agencia Brasil
“Estamos acostumados a trabalhar em tragédias. Mas nunca nos passou a causa animal. A população comprava fralda, água e ração”, completou o general Jayro, do Comando Militar do Sul. Cinco das 12 pontes alternativas instaladas para retomar o fluxo de carros no estado seguem funcionando, enquanto as obras de recuperação não são concluídas. A ponte entre Lajeado e Arroio do Meio deve ser retirada nos próximos dias.
O seminário terá palestras do comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, além de integrantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do governo gaúcho. Serão abordados detalhes da atuação em desastres climáticos, a exemplo de salvamento de vítimas, apoio aos desabrigados e obras de infraestrutura.
No fim de abril do ano passado, o Rio Grande do Sul enfrentou as enchentes mais fortes de sua história, com 183 mortos e 27 desaparecidos. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, ficou cinco meses sem receber voos.
ESTADÃO – Edição: Montedo.com
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