Lula manda jato da FAB resgatar ex-primeira dama do Peru, condenada por propina da Odebrecht

Refúgio de ex-primeira-dama do Peru no Brasil é criticado até por membros do governo Lula

Bela Megale
A operação capitaneada pelo Itamaraty para trazer a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia para o Brasil, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), e conceder a ela refúgio gerou críticas dentro do próprio governo Lula.

Nadine e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, que está preso no Peru, foram condenados na terça-feira (15) a 15 anos de prisão, por lavagem de dinheiro e corrupção em um caso relacionado à prática de caixa 2, envolvendo a Odebrecht.

Duas críticas principais têm sido feitas por integrantes do governo, inclusive ministros ligados à área jurídica. A primeira delas é que, ao mobilizar um avião da FAB para resgatar uma ex-primeira-dama condenada pela Justiça de outro país, o Brasil acabou se envolvendo, mesmo que de maneira indireta, num tema de uma nação estrangeira.

A outra queixa é que, com a medida, o governo abastece a artilharia da oposição, que já vem usando o episódio para associar a gestão Lula ao abrigo de condenados por corrupção. Além disso já foi pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma investigação sobre o uso do avião da FAB.

A operação do Itamaraty para trazer Nadine ao Brasil e abrigá-la no país foi levada a ministros de outras pastas poucas horas antes de ser executada. A falta de debate sobre o tema também foi alvo de grande incômodo entre membros do governo.
O GLOBO – Edição: Montedo.com

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