Moraes mantém prisão preventiva de ‘kid preto’ investigado por tentativa de golpe de estado

O tenente-coronel do Exército teria planejado ações contra o ministro Alexandre Moraes e tentado convencer militares a aderirem à tentativa de golpe
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve nesta sexta-feira (25) a prisão preventiva do tenente-coronel do Exército Rodrigo Bezerra de Azevedo, conhecido como um “kid preto” na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele seguirá preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), onde está desde novembro de 2024.

Ao pedir a revogação da prisão, a defesa do oficial afirmou que ele participou de uma reunião em 28 de novembro de 2022 para pressionar comandantes do Exército a aderir ao golpe, mas a tese não foi aceita no STF.

Rodrigo Bezerra foi preso em Goiânia, no estado de Goiás. Em dezembro, Moraes chegou a suspender a visitas dele, após sua irmã ser flagrada tentando entrar no Batalhão com um panetone contendo um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória.

Segundo a Polícia Federal (PF), o “kid preto” teria usado números telefônicos associados diretamente a grupos de WhatsApp montados para planejar ações contra o ministro Alexandre de Moraes. Na investigação, o militar é descrito como um agente de perfil técnico.

Qual era papel dos kids pretos na tentativa de golpe?
O termo “Kids pretos” é um apelido usado para se referir a militares integrantes das Operações Especiais do Exército Brasileiro. Um kid preto é definido como um oficial preparado para atuar em missões de alto risco com “dificuldade de coordenação e apoio” e que visa “alvos de valor significativo”.

Eles fariam o “trabalho sujo” da tentativa de golpe, como missões para sequestrar e matar Alexandre de Moraes e o presidente Lula (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), recém eleitos.

No plano golpista, o grupo ainda tinham a função de coordenar operações de manipulação contra membros do Alto Comando do Exército, fazendo com que eles aderissem à narrativa.

A PF destacou que a estratégia elaborada pelos militares investigados detalhava os recursos humanos e os bélicos necessários para o desencadeamento das ações violentas, com uso de técnicas operacionais militares avançadas.
DIÁRIO DO NORDESTE – Edição: Montedo.com

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