Netanyahu diz que exército israelita vai entrar em Gaza “com toda a força” nos próximos dias

Premiê israelense afirmou que “não vê qualquer cenário em que possa parar a guerra.”

O primeiro-ministro israelita anunciou esta terça-feira que o exército de Israel vai entrar em Gaza “com toda a força” nos próximos dias. Benjamin Netanyahu referiu ainda que não vê qualquer cenário em que possa parar a guerra e acrescenta que o Governo está a trabalhar em encontrar países que estejam dispostos a receber residentes do enclave palestiniano.

“Nos próximos dias, entraremos com toda a nossa força para completar a operação e derrotar o Hamas”, disse Netanyahu, de acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete e citado pela agência France-Presse.

Netanyahu afirma ainda que “não haverá nenhuma situação” em que Israel possa parar a guerra contra o grupo extremista palestiniano. O comunicado surge após uma reunião que o primeiro-ministro israelita mteve na segunda-feira com soldados da reserva.

O gabinete do primeiro-ministro israelita adiantou também esta terça-feira que Israel está a trabalhar para encontrar países que estejam dispostos a aceitar habitantes de Gaza.

“Estabelecemos uma administração que lhes permitirá sair, mas o problema do nosso lado resume-se a uma coisa: precisamos de países dispostos a aceitá-los. É nisso que estamos a trabalhar agora”, disse Netanyahu após a reunião com os reservistas.

“Se lhes dermos a oportunidade de sair, digo-vos que mais de 50% sairão, e creio que até mais”, adianta ainda o comunicado citado pela AFP.

No início de maio, Israel tinha anunciado uma nova campanha militar contra a Faixa de Gaza que prevê a “conquista” do território palestiniano, prevendo que tal exigiria a deslocação interna da “maioria” dos seus habitantes, de acordo com o exército, que indicou ainda ter chamado “dezenas de milhares de reservistas”.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel, a 7 de outubro de 2023, resultando na morte de mais de 1.200 israelitas, a maioria civis.

O Hamas ficou ainda com mais de 250 pessoas em cativeiro, das quais 57 continuam como reféns. Na segunda-feira, o grupo palestiniano libertou o israelo-americano Edan Alexander.

Do lado palestiniano, o conflito em Gaza já fez mais de 52.900 mortos, a grande maioria civis.

Na segunda-feira, um relatório divulgado com apoio das Nações Unidas indicava meio milhão de pessoas na Faixa de Gaza enfrenta um risco de insegurança alimentar aguda de níveis “catastróficos” nos próximos meses.
REUTERS

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