Em discurso para cadetes, presidente dos EUA critica política de diversidade
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), afirmou neste sábado, 24, que o papel das Forças Armadas americanas “não é organizar espetáculos de drag [queens] nem espalhar a democracia pela força das armas”. A declaração foi feita durante a formatura da Academia Militar de West Point, no estado de Nova York, em um discurso marcado por críticas às chamadas políticas DEI (diversidade, equidade e inclusão).
Ao longo de quase duas horas, Trump criticou iniciativas voltadas à inclusão de pessoas transgênero nas Forças Armadas e a programas de equidade racial e de gênero, que classificou como “divisivos”, “humilhantes” e “ilegais”.
“Libertamos as nossas tropas de ensinamentos políticos degradantes e divisivos”, disse.
“A teoria crítica da raça ou ‘transgénero para todos’ não será mais imposta aos nossos bravos homens e mulheres fardados. Ou a qualquer outra pessoa neste país”, acrescentou.
A crítica de Trump se insere em uma série de medidas adotadas desde que ele reassumiu o cargo, em janeiro. Entre elas, estão uma ordem executiva que proíbe programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e a retomada da exclusão de pessoas trans das Forças Armadas. A Suprema Corte dos EUA já permitiu temporariamente a adoção da medida.
Críticas à Otan
Em seu discurso, Trump também acusou governos passados — republicanos e democratas — de enfraquecerem o poder militar dos EUA, e voltou a atacar a Otan. Segundo ele, a aliança militar foi “criada para sacanear os Estados Unidos”.
“Tiraram vantagem da gente como nunca antes na história, mas isso acabou”, disse o presidente americano.
Trump também aproveitou a cerimônia para perdoar cadetes que cometeram infrações leves, gesto tradicional de presidentes em formaturas militares, e foi aplaudido em diversos momentos pela plateia, composta por familiares dos formandos e altos oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Desfile militar no aniversário de Trump
A formatura ocorre três semanas antes de um desfile militar que deve marcar o 250º aniversário do Exército americano e, coincidentemente, o 79º aniversário de Trump.
A Casa Branca tem promovido o evento como um momento simbólico duplo, embora autoridades locais de Washington expressem preocupação com os custos e possíveis danos causados pela parada.
A ideia do desfile militar remonta ao primeiro mandato de Trump, quando participou da marcha do Dia da Bastilha em Paris a convite do presidente francês Emmanuel Macron. Desde então, ele manifesta o desejo de repetir nos EUA um espetáculo da mesma grandiosidade.
O Antagonista
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