Missão integra a Operação “Catamaran” e contribui para o aperfeiçoamento da interoperabilidade da Marinha do Brasil em operações combinadas com marinhas de outras nações
Por Primeiro-Tenente (T) Ederson Soares
Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (MB) participam, pela primeira vez, da Operação “Catamaran”, exercício multinacional coordenado pela França, que reúne tropas de países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A missão segue até 14 de junho e inclui fases de treinamento conjunto com a Infantaria da Marinha Francesa e atividades a bordo do Porta-Helicópteros de Assalto Anfíbio (PHA) “Tonnerre”, com operações navais, desembarque anfíbio e ações terrestres de caráter naval.
Após o período inicial de integração, o pelotão de Fuzileiros Navais da MB cumpre, junto à Infantaria de Marinha Francesa, uma programação diária intensa, em preparação final para a Operação “Catamaran”. Os militares participam de treinamentos físicos conjuntos, instruções de manuseio de armamento, montagem de equipamentos, entre outras atividades.
Encerrada essa fase, o pelotão embarcará no Porta-Helicópteros de Assalto Anfíbio (PHA) “Tonnerre”, em Brest. A bordo do navio, os militares brasileiros serão empregados em exercícios operativos, operações navais, desembarque anfíbio e ações terrestres de caráter naval.
Entre os militares que embarcaram para a missão está a Soldado (Fuzileiro Naval) Camila Aguiar, natural de São Gonçalo (RJ), integrante da primeira turma mista do Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais, concluída em julho de 2023. Ela relata como foi o processo para conquistar uma vaga em uma missão internacional.
“Consegui me destacar na minha Organização Militar e sinto muito orgulho de ser a representante feminina do Brasil. Isso é fruto de muita dedicação, foco, estudo, esforço e disciplina. Esta operação marca uma etapa muito importante na minha vida, que começou com a aprovação no concurso e me trouxe à França, junto aos demais militares. Fui muito bem recebida aqui e estou tendo um grande enriquecimento cultural e profissional, o que é muito valioso”, destaca.



Nas Forças Armadas, promoções e reconhecimentos são definidos com base no desempenho, nas competências e nos critérios estabelecidos pelos regulamentos da carreira militar. O sistema de progressão busca selecionar profissionais aptos a exercer funções de comando, chefia e liderança, de acordo com os requisitos operacionais e administrativos da instituição.
Segundo o Capitão de Corveta (Fuzileiro Naval) Alves Campos, que integra o Estado-Maior da Força de Desembarque, a inserção da MB nesse tipo de ambiente operacional é sempre desafiadora. “Operar junto a marinhas de primeiro mundo e atuar nesses terrenos é uma excelente oportunidade para o aprimoramento dos nossos militares. Por isso, embarquei antes do pelotão e participo do planejamento da missão, que é bastante complexo”, explica.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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