Satélites, IA e aeronaves: forças usaram tecnologia de ponta, como imagens de satélite e sensores aeroespaciais, para para desmantelar o esquema
Filipe Vidon
Em uma operação inédita realizada no último sábado, a Força Aérea Brasileira (FAB) apreendeu uma embarcação semi submersível, um tipo de “mini-submarino” frequentemente usado pelo narcotráfico, na região da Ilha de Marajó, no Pará. A embarcação seria utilizada para transportar cocaína até a Europa.
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A ofensiva contou com o uso de ferramentas avançadas de inteligência artificial, imagens de satélite de alta resolução e aeronaves da FAB equipadas com sensores especiais. Esses recursos permitiram monitorar e mapear movimentações fluviais incomuns na complexa malha hidrográfica da Amazônia.
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Durante a missão de reconhecimento, as aeronaves R-99 (plataforma aérea da FAB voltada à vigilância e inteligência) detectaram estruturas navais camufladas entre galpões ribeirinhos, além de padrões logísticos atípicos em rotas estratégicas da região. As informações captadas por sensores instalados nas aeronaves e satélites em órbita da Terra foram compartilhadas com as equipes da Polícia Federal e viabilizaram a mobilização terrestre para interceptar a embarcação.
Segundo a FAB, o isolamento geográfico da Ilha de Marajó, um dos maiores arquipélagos fluviomarinhos do mundo, favorece ações do crime organizado, que investe em soluções logísticas sofisticadas para despistar a fiscalização.
Investigação começou na Europa
A operação de sábado foi impulsionada por um episódio recente em águas europeias: em março deste ano, autoridades portuguesas interceptaram uma embarcação similar carregada de cocaína.
A partir desse caso, o trabalho conjunto entre a FAB e a PF foi intensificado. Equipes passaram a cruzar imagens orbitais e dados eletrônicos gerados por aeronaves brasileiras, o que levou à identificação de rotas fluviais clandestinas, pontos de fabricação artesanal e o provável destino transatlântico das embarcações.
O GLOBO – Edição: Montedo.com
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