General Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, depôs ao STF em 19 de maio de 2025, durante audiências que investigam suposta trama golpista
Diego Nuñez
Durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), em 19 de maio de 2025, o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, relatou a forma como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria apresentado um documento descrito como “minuta do golpe” aos chefes das Forças Armadas.
A gravação faz parte de uma série de depoimentos das 52 testemunhas de defesa e de acusação dos réus do Núcleo 1, ou Núcleo Crucial, da suposta trama golpista. Os depoimentos começaram no dia 19 de maio e foram encerrados nessa segunda-feira.
“Com relação a esse documento, foi apresentado um apanhado, uma memória, não diria um documento, em que foram salidos (sic) alguns considerandos (sic), que constavam aspectos que remetiam a uma possível GLO (Garantia da Lei e da Ordem), Estado de Defesa ou de Sítio. Mas muito superficial. Tem uns aspectos que eu gostaria de frisar. Primeiro, que não estava presente conosco naquele dia, por uma coincidência funcional, o brigadeiro Baptista Júnior (ex-comandante da Força Aérea). O presidente (Bolsonaro) apresentou apenas como informação e nos disse que aquele era apenas para que nós soubéssemos que estava desenvolvendo um estudo sobre o assunto. Não nos demandou qualquer opinião sobre o assunto. Nós, a partir dali, ficamos aguardando qualquer outra orientação dele com relação a esse estudo”, declarou Freire Gomes.
Durante o depoimento, o general ainda confirmou que teve encontros recorrentes com Bolsonaro e os demais chefes das Forças Armadas no Palácio do Alvorada e negou que tenha dado voz de prisão ao ex-presidente em algum momento, como foi noticiado por alguns veículos da imprensa.
CORREIO DO POVO – Edição: Montedo.com
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