Soldado do 1º Batalhão de Guardas foi capturado em Parada de Lucas; segundo a Polícia Civil, ele integrava facção chefiada por Peixão e tinha função estratégica na quadrilha
Anna Bustamante
Rio de Janeiro – Um militar do Exército Brasileiro foi preso nesta terça-feira durante a megaoperação da Polícia Civil contra o Terceiro Comando Puro (TCP), no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio. Luan Lucas França do Nascimento, integrante do 1º Batalhão de Guardas do Exército, foi capturado em Parada de Lucas.
Segundo a Polícia Civil, ele integrava a facção criminosa comandada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, e exercia função estratégica na quadrilha. Nesta terça-feira, pelo menos 20 traficantes foram presos na operação que tinha a facção criminosa como alvo. O objetivo é alcançar 44 novos mandados de prisão.
— Nesta operação, tiramos narcoterroristas do anonimato. O Peixão não era alvo dessa investigação, e sim pessoas que se escondiam nas sombras e agiam sem botar suas caras. Hoje eles são conhecidos — disse o secretário de segurança Victor Santos.
De acordo com o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, os criminosos presos nesta terça-feira estavam diretamente ligados a Peixão e participavam da organização de ações contra as forças de segurança.
— São pessoas diretamente chefiadas por Peixão, que organizavam manifestações contra a polícia, construíam barricadas e até planejavam abater helicópteros das forças de segurança. Hoje, um deles foi preso portando uma luneta, usada para mirar aeronaves — afirmou Curi.
Moyses Santana, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), explicou que a investigação identificou que o militar do Batalhão de Guarda do Exército faltou ao trabalho nesta terça-feira:
— A atuação dele foi comprovada durante a investigação. Foi detectado que ele era um militar do Exército e que não se apresentou hoje ao quartel. Durante a operação certamente ele se evadiu, mas foi encontrado e capturado. Então, não há qualquer dúvida do envolvimento da atuação direta dele na facção criminosa — disse o titular da DRE.
A operação contou com mais de 180 mandados de busca e apreensão e 44 de prisão. Até o início da tarde, vinte pessoas tinham sido presas. Foram recolhidos oito fuzis, granadas, coquetéis molotov e outros equipamentos utilizados pelo tráfico.
O GLOBO – Edição: Montedo.com
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