Caças Gripen da Suécia interceptam jatos russos Su-30SM armados sobre o Mar Báltico

 

Incidente acendeu o alerta nas forças de defesa da região de Malmöe, na Suécia

Fernando Valduga
Dois caças JAS39 Gripen da Força Aérea da Suécia foram acionados na noite de sexta-feira, véspera do Solstício de Verão, para interceptar e identificar dois jatos de combate russos Su-30SM que voavam próximos ao espaço aéreo sueco, sobre o sul do Mar Báltico. O incidente, que ocorreu por volta das 19h, chamou a atenção de moradores da cidade de Malmö, onde os jatos foram avistados, e acendeu o alerta nas forças de defesa da região.

Segundo as Forças Armadas Suecas, os caças suecos decolaram em resposta à detecção dos aviões russos que operavam em espaço aéreo internacional, mas em uma rota considerada sensível e monitorada constantemente pelas defesas aéreas suecas. O porta-voz militar Mikael Agren afirmou que “esta não foi uma missão de treinamento”, confirmando que a interceptação foi real e seguiu todos os protocolos operacionais padrão.

Os jatos russos Su-30SM envolvidos são caças multifuncionais de longo alcance operados pela aviação naval da Rússia. Fontes adicionais indicam que essas aeronaves estavam armadas com mísseis antirradiação Kh-31P (designação OTAN: AS-17 Krypton), armamento projetado para neutralizar sistemas de radar inimigos. A presença desse tipo de armamento evidencia o potencial de ameaça que a aproximação representava, mesmo que os russos estivessem tecnicamente fora do espaço aéreo territorial sueco.

A missão dos Gripens durou cerca de 30 minutos, com os caças retornando à base às 19h30. Embora nenhum detalhe adicional tenha sido divulgado pelas autoridades suecas, o episódio reforça a postura de vigilância reforçada adotada pelo país desde o aumento das tensões na Europa Oriental. Com a guerra na Ucrânia em curso e a crescente atividade aérea russa na região do Mar Báltico, a Suécia tem intensificado suas ações de policiamento aéreo, especialmente após sua adesão formal à OTAN em 2024.

Este novo episódio de interceptação aérea se junta a uma série de ocorrências semelhantes envolvendo aeronaves russas próximas ao espaço aéreo de países bálticos e nórdicos. Especialistas apontam que tais movimentos servem como testes das defesas aéreas ocidentais e estratégias de provocação ou demonstração de presença militar por parte da Rússia.

Para o público sueco e europeu em geral, a interceptação de aeronaves militares em datas simbólicas, como o Solstício de Verão, reforça a sensação de vulnerabilidade e a necessidade de constante prontidão. Ao mesmo tempo, demonstra a eficácia do sistema de defesa aérea sueco, que tem atuado com rapidez e precisão para proteger seus céus e manter a soberania do país frente aos crescentes desafios geopolíticos da região.
cavokEdição: Montedo.com

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