Conheça a arma que desliga drones como se fosse o Wi-Fi da sua casa

 

Uma arma que não atira, não faz barulho e derruba drones com pulsos invisíveis. Parece ficção, mas já está em ação
Rafael Magalhães dos Santos (Edição: Rodrigo Mozelli)
Você já deve ter visto por aí vídeos de enxames de drones em combates — pequenos, rápidos e difíceis de parar. Agora, imagine uma arma que não dispara balas, mas, sim, micro-ondas capazes de desligar esses drones no ar, sem barulho, sem fumaça. Com testes em andamento pelas forças armadas estadunidenses, a tecnologia já se mostra uma alternativa real às defesas convencionais.

Desenvolvido pela empresa estadunidense Epirus, o sistema Leonidas usa pulsos eletromagnéticos poderosos para desativar a eletrônica dos drones, fazendo com que eles simplesmente parem de funcionar. Diferente das armas convencionais, ele pode neutralizar múltiplos alvos ao mesmo tempo, sem riscos para civis ou danos colaterais.

Compacto e versátil, o Leonidas pode ser instalado em veículos, barcos e até outras aeronaves. Ele oferece defesa rápida e eficiente contra ameaças aéreas, terrestres e marítimas. Para os militares, essa é uma revolução silenciosa, uma forma nova, mais limpa e econômica, de proteger territórios diante da ameaça crescente dos drones em guerra.

O homem por trás da arma invisível contra drones
À frente da Epirus está Andy Lowery, engenheiro elétrico e ex-oficial da Marinha dos Estados Unidos. Lowery não esconde o orgulho ao comparar seu sistema Leonidas ao guerreiro espartano que enfrentou um exército inteiro com poucos aliados. Para ele, a missão da tecnologia é clara: ser a última linha de defesa contra enxames de veículos aéreos não tripulados, cada vez mais recorrentes em combates.

Mesmo sem revelar o alcance exato do sistema, Lowery garante que o Leonidas foi projetado para funcionar em um raio de alguns quilômetros, o bastante para proteger bases militares, comboios ou infraestruturas críticas de ataques coordenados.

Agora que o sistema foi demonstrado ao público e entregue aos fuzileiros navais para testes, a prioridade da Epirus é ampliar a produção em escala. Para Lowery, o verdadeiro desafio não é apenas tecnológico, mas estratégico: estar pronto antes que a próxima grande guerra comece ou que adversários comecem a usar táticas semelhantes.

Tecnologia de micro-ondas da Epirus também está sendo testada em dispositivos menores que o Leonidas tradicional. (Imagem: Epirus)

Futuro está mais próximo do que parece

  • A Epirus já levantou mais de US$ 500 milhões (R$ 2,74 bilhões, na conversão direta) em investimentos e, agora, foca em escalar a produção do Leonidas;
  • A meta é atender não só as forças armadas dos Estados Unidos, mas, também, aliados estratégicos interessados em defesas contra ameaças aéreas não tripuladas;
  • Além da versão usada em veículos terrestres, a empresa trabalha em adaptações para embarcações e aeronaves. A ideia é tornar o sistema o mais versátil possível, capaz de proteger alvos móveis ou instalações fixas em diferentes ambientes operacionais;
  • Enquanto isso, outros países aceleram seus próprios programas de defesa com armas de energia dirigida;
  • A corrida por esse tipo de tecnologia marca uma nova etapa no cenário militar global — onde vencer não depende apenas de força bruta, mas de quem consegue desativar o inimigo antes mesmo do primeiro disparo.

OLHAR DIGITAL – Edição: Montedo.com

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