Preso pela Marinha em janeiro por usar o celular em área proibida, há três semanas o advogado divulgou vídeo em frente a Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica; protesto desta terça-feira foi por audiência com Múcio
Brasília – O advogado Adriano Carvalho da Rocha se acorrentou na entrada da sede da ONU, em Brasília, nesta terça-feira, 24, para denunciar o “risco de ser assassinado”.
Adriano foi preso em janeiro deste ano após gravar vídeos dentro das dependências do 1º Distrito Naval da Marinha, no Rio de Janeiro, onde é proibido o uso de celular.
Depois de ganhar liberdade provisória, o advogado relatou que sofre perseguição da Marinha e corre risco de vida. Rocha se acorrentou em frente à ONU com o objetivo, segundo ele, de conseguir uma audiência com o ministro da Defesa, José Múcio. A informação foi publicada pelo Metrópoles.
Ao Migalhas, a OAB/RJ afirmou que “não compactua com esse tipo de iniciativa”. “Os requerimentos da advocacia devem ser formulados na forma da legislação”.
Prisão
Em janeiro, Adriano Rocha foi preso pela Marinha por supostamente violar normas que proíbem o uso de celular e filmagens dentro de quartéis. 24 horas após a prisão, ele foi solto por decisão da Justiça Militar.
Durante a audiência de custódia, o juiz Claudio Amin Miguel, da 3ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar/RJ, atendeu ao pedido do Ministério Público Militar e concedeu liberdade provisória ao advogado, sem impor medidas cautelares. O magistrado considerou que Rocha não tinha antecedentes criminais e possuía residência e trabalho fixos.
Após a prisão, a Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ estaria atuando em defesa do advogado.
Protesto na Comissão Interamericana de Direitos Humanos
No início de junho, Adriano divulgou um vídeo em sua conta no Instagram onde aparece em frente a sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos, localizada na capital do país centro-americano. Veja:
Ver essa foto no Instagram
No vídeo, o advogado aparece ao lado de George Brito, autodeclarado presidente do “SINDMIL – SINDICATO DOS MILITARES REFORMADOS, SEUS DEPENDENTES, DAS PENSIONISTAS, DAS ESPOSAS DE MILITARES, DOS RESERVISTAS TD (sic) PRAÇAS DAS FORÇAS ARMADAS“.
A entidade – batizada por mim de “Sindicato Viúva Porcina”, a que foi, sem nunca ter sido – teve seu registro anulado por inconstitucionalidade.
Veja o vídeo divulgado nesta terça-feira (24):
Com Metrópoles e Migalhas
O post “Querem me assassinar!” Após vídeo na Costa Rica, advogado se acorrenta em frente à ONU em Brasília (vídeo) apareceu primeiro em Montedo.com.br.