Unidades operacionais garantem a segurança do tráfego aéreo durante o BRICS
Agência Força Aérea, Tenente Letícia Faria E Tenente Marayane
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), realizou, nesta terça-feira (01/07), em Brasília (DF), uma coletiva de imprensa. O objetivo foi explicar a atuação da FAB no que diz respeito à defesa aérea, a fim de garantir a segurança e a soberania do espaço aéreo durante as reuniões do BRICS, que acontecem de 4 a 7 de julho, no Rio de Janeiro (RJ).
Na ocasião, o Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, explicou sobre a ativação das áreas de exclusão, os meios aéreos empregados e destacou a atuação conjunta no evento. “Com nossas aeronaves, militares capacitados e estrutura de defesa aeroespacial, atuamos de forma integrada, prontos para responder a qualquer ameaça que possa surgir”, salientou o Oficial-General.
Nesse sentido, o COMAE é responsável por planejar, coordenar, executar e controlar as ações de Força Aérea necessárias para manter a defesa aeroespacial para a manutenção da segurança do evento e da população em geral.
Por sua vez, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) divulgou, ainda no dia 23 de junho, o planejamento para a coordenação do espaço aéreo e as ações de defesa durante o BRICS. Como parte das ações preparatórias, o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) sediou uma reunião híbrida com a participação de militares da FAB, representantes de órgãos governamentais e de entidades dos setores de aviação e segurança pública. Também foi apresentada a criação de áreas de exclusão em determinadas porções do espaço aéreo brasileiro, com dimensões e níveis de acesso distintos. As medidas visam reforçar a segurança e minimizar impactos operacionais durante o evento. Todas as alterações estão descritas na Circular de Informação Aeronáutica (AIC) nº 24/25.


Restrições do espaço aéreo: Áreas de Exclusão
Essas são áreas com dimensões definidas, datas e horários de ativação estabelecidos, com regras específicas quanto à utilização e restrições ao tráfego aéreo. Sua finalidade é proporcionar um nível gradual de segurança no espaço aéreo, enquanto contribuem para a pronta resposta da FAB.
Durante o período de ativação das Áreas de Exclusão, as aeronaves que desrespeitarem as restrições e proibições estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), aplicadas pelo COMAE.
Unidades operacionais garantem a segurança do tráfego aéreo durante o BRICS¹

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), organização militar da Força Aérea Brasileira (FAB), atuará em diversas frentes, acompanhando a movimentação das aeronaves, durante a Reunião de Cúpula do BRICS, que será realizada no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 06 e 07/07. Na Sala Master de Comando e Controle, durante 24 horas por dia, militares de diferentes unidades subordinadas ao DECEA se reúnem para prestar os serviços que irão garantir a segurança e a fluidez do tráfego aéreo.
O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) realiza o monitoramento das aeronaves em todo o espaço aéreo brasileiro e a coordenação das operações aéreas, a partir da Sala Master. Entretanto, outras unidades também exercem papel fundamental durante o BRICS.
As Informações Aeronáuticas, por exemplo, são fundamentais para garantir a segurança, regularidade e eficiência da navegação aérea. Para atender à demanda operacional durante a realização do BRICS no Brasil, o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) será responsável pela divulgação das cartas aeronáuticas que orientarão a aviação internacional durante o evento.
Entre os produtos elaborados, destaca-se uma carta de aproximação convencional para o Aeroporto Santos Dumont (SBRJ). A medida reforça a resiliência operacional do espaço aéreo, assegurando alternativas seguras mesmo em cenários de perda do sinal do Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS). Além disso, a carta contribuirá para otimizar o acesso ao Aeroporto Santos Dumont (SBRJ), especialmente por aeronaves que não possuem homologação para procedimentos baseados em navegação por performance (PBN), ampliando a acessibilidade e a previsibilidade das operações.
No Controle de Aproximação do Rio de Janeiro (APP-RJ), localizado no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL), estará em funcionamento a Célula de Operações Local (COL) de defesa aérea. Esta posição é responsável pelas missões de interceptação nas áreas de exclusão criadas para o BRICS. Toda a comunicação realizada no APP-RJ é integrada à Sala Master no CGNA por meio de uma telefonia direta, garantindo, assim, o fluxo de informações dinâmico e eficiente para a condução das operações.
Já o Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica (CIMAER) ocupará, na Sala Master, uma posição estratégica de assessoria meteorológica para fornecer briefings e relatórios em apoio às ações do CGNA.
¹DECEA, por Tenente Fernandes E Agência Força Aérea, por Aspirante Bessa
Fotos: DECEA Fotos: Sargento Müller Marin / CECOMSAER
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