Novo exército da China preocupa os EUA: soldados aumentados, armas invisíveis e uma corrida sem freios

 

O que antes parecia ficção científica já está sendo testado em campos reais.
Sebastián Fernandez Gavet Publicado 5 de Julho, 2025
Enquanto os Estados Unidos lidam com os efeitos colaterais de seus sistemas de combate inteligente, a China avança sem pausas na criação de soldados aumentados com capacetes inteligentes, visão térmica e conexão direta com drones.

A era do guerreiro digital já começou
O Exército de Libertação Popular (ELP) está implantando o sistema MARS (Military Augmented Reality System), um conjunto de tecnologias que transforma soldados comuns em unidades táticas com visão térmica, leitura de mapas 3D em tempo real e detecção automática de ameaças. Com um simples movimento ocular, esses combatentes conseguem marcar alvos, interagir com o pelotão e coordenar com drones — tudo sem usar as mãos.

Os capacetes usados pelos soldados incluem:

  • Visão noturna e térmica
  • Comunicação compartilhada em realidade aumentada
  • Mira inteligente e reconhecimento facial
  • Integração com sensores de combate e navegação aumentada

Mas a inovação não se limita ao capacete. A China também iniciou o treinamento de suas tropas em ambientes virtuais com simulações avançadas, saltos de paraquedas com visão assistida e manutenção técnica utilizando dispositivos como o HoloLens 2.

Tecnologia tática como trunfo geopolítico
Com um aumento de 7,2% no orçamento de defesa para 2025, a China pretende consolidar seu status como potência militar não apenas pelo volume de tropas, mas também pela inovação. O país caminha para atingir a marca de mil ogivas nucleares antes de 2030 e continua a construção do maior complexo militar do mundo, localizado a poucos quilômetros de Pequim.

Um dos projetos mais comentados é o ChatBIT, uma inteligência artificial criada de forma não autorizada a partir de modelos da Meta. Projetada como assistente tático de campo de batalha, a IA despertou preocupação no Ocidente, que teme ficar em desvantagem na arena digital.

O exército chinês / Foto: AFP

Enquanto isso, os EUA desenvolvem seu próprio sistema, o IVAS — criado pela Microsoft —, mas enfrentam obstáculos como fadiga ocular, tonturas e dificuldades operacionais. Já a China, segundo os relatórios disponíveis, não apresentou falhas técnicas relevantes e segue expandindo o uso de suas unidades aumentadas.

Tudo indica que os próximos conflitos não serão travados apenas com armas convencionais, mas com algoritmos, dados e soldados capazes de enxergar além do campo de batalha.
GIZMODO – Edição: Montedo.com

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