Herói centenário: Tenente-coronel Nestor da Silva e o legado imortal da FEB

 

Nestor Ferreira participou como sargento da Força Expedicionária Brasileira

 

Marcelo Barros
Ontem, dia 13 de julho de 2025, o Brasil celebrou os 108 anos de vida do Tenente-Coronel Nestor da Silva, veterano da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Natural de Lagoa Santa (MG), Nestor participou de batalhas históricas durante a Segunda Guerra Mundial, como Monte Castelo e Montese, destacando-se por sua bravura em aproximadamente 18 patrulhas em território inimigo. Promovido a Segundo-Tenente em pleno campo de batalha, seu nome é um símbolo de coragem e dedicação à pátria.

Aspectos Técnicos da Trajetória Militar de Nestor da Silva
A carreira militar de Nestor começou em 1938, como praça voluntário no 10º Regimento de Infantaria em Belo Horizonte (MG). Ele realizou o Curso de Sargento e posteriormente foi transferido para o 11º Batalhão de Infantaria em São João Del Rei (MG), que viria a integrar a FEB.

Durante a Segunda Guerra, destacou-se em patrulhas altamente perigosas em regiões como Galiciano Braga, Monte Castelo, Castelnuevo e Montese. Em Montese, considerada a batalha mais significativa da FEB, sua promoção a Segundo-Tenente pelo General Mascarenhas de Morais simbolizou o reconhecimento oficial de sua liderança e coragem no campo de batalha.

Ao retornar ao Brasil em 1946, Nestor seguiu aprimorando sua formação, matriculando-se na Escola Militar de Resende e concluindo o Curso de Oficiais da Reserva. Nos anos 1960, ampliou sua qualificação com cursos de paraquedismo militar e de Mestre de Salto, consolidando sua reputação como militar altamente capacitado.

Relevância social e histórica da FEB e dos Veteranos
A participação da FEB na Segunda Guerra Mundial marcou um divisor de águas na história militar e diplomática do Brasil. O envio de tropasn brasileiras ao Teatro de Operações da Itália não apenas reforçou o papel do país no cenário internacional, como também serviu para consolidar a profissionalização das Forças Armadas.

Veteranos como Nestor da Silva personificam esse legado. Sua trajetória, repleta de condecorações como a Medalha Cruz de Combate de 1ª Classe, a Medalha Sangue do Brasil e a Medalha do Pacificador, é uma referência viva da importância dos valores de disciplina, patriotismo e serviço à nação.

Manter viva a memória desses combatentes é uma missão social de primeira ordem. A preservação dessa herança por meio de museus, publicações e homenagens oficiais fortalece a identidade nacional e inspira novas gerações a compreenderem o valor da soberania e da defesa do país.

Legado generalista e inspiração para as novas gerações
O legado do Tenente-Coronel Nestor da Silva vai além do campo de batalha. Ele é um exemplo de resiliência, disciplina e amor ao Brasil. Sua história deve ser contada em escolas, quartéis e eventos públicos para que jovens brasileiros compreendam o valor de servir à pátria com honra.

Além das medalhas e das homenagens recebidas ao longo da vida, incluindo uma homenagem presidencial em 2015, Nestor simboliza o cidadão militar que, mesmo após deixar a ativa, segue sendo uma referência ética e moral para a sociedade. Sua longevidade, com 108 anos de vida, também é um testemunho de uma vida dedicada aos valores cívicos e militares.

Eventos como a Semana da FEB e as comemorações em datas históricas são oportunidades para reforçar a importância desse legado, destacando a relevância da defesa nacional em tempos de desafios complexos e mutáveis.
DEFESA EM FOCO – Edição: Montedo.com

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