EUA-Brasil: A tempestade perfeita e a batalha final da Esquerda

O Governo Lula e seu aliado STF, agora com o adendo do STM, mais o Consórcio de Imprensa e demais interessados entram em uma Guerra de Narrativas Total contra Trump, mas o alvo é o oponente político a direita.

Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet
15 Julho 2025

A extraordinária taxação anunciada por Donald Trump de 50% nas importações do Brasil é a maior ameaça já feita pelos Estados Unidos da América à soberania brasileira. (ver carta de 09JUL2025 da Casa Branca)

Se o governo brasileiro aplicar a política de reciprocidade prometida por Lula, o Brasil vai iniciar uma guerra comercial, que vai destruir a economia, desindustrializar o Brasil e colocar o país de joelhos para o imperialismo americano.

Os Estados Unidos são um parceiro comercial estratégico do Brasil e o maior investidor no país, possuem uma economia forte e poder político-militar para amparar qualquer decisão ou ação do presidente Donald Trump.

É fato que o consórcio Lula e STF ( Com a entrada do STM agora ver nota) tem repetidamente provocado Trump em diferentes momentos e instâncias, acreditando que o líder americano não iria dar atenção ao Brasil. Uma avaliação totalmente equivocada.

Na política externa, Lula e Celso Amorim não perdiam e não perdem a oportunidade de criticar os EUA e o Ocidente, ao mesmo tempo que se alinhavam à Rússia, China e Irã. Política internacional não se faz igual a showmício em campanha política. As declarações políticas precisam estar alinhadas com os interesses nacionais, e, infelizmente, hoje o Brasil é um sócio Júnior, como um palhaço de circo no concerto da nações, e a opinião do Brasil só é relevante para desgastar ainda mais a imagem do país frente as outras nações.

Na recente cúpula dos finados BRICS no Rio de Janeiro, Lula demonstrou que a organização ao invés de se tornar uma nova via para comércio multilateral entre potências emergentes estava se transformando em um bloco politico-econômico de ideologia antiocidental e antagônico a hegemonia Americana.

Washington já via os BRICS como uma ameaça e Trump já tinha dado avisos sobre isso. O Brasil estava gestando essa crise no próprio “quintal dos EUA”, provocando o Leão com a vara curta. Isso não sairia impune, e os sinais estavam cada vez mais claros.

Ao mesmo tempo, Washington está negociando um acordo comercial com Buenos Aires, o que vai automaticamente acabar com o Mercosul e criar uma crise econômica que vai afetar outros países do CONESUL, com reflexos no comércio e na segurança coletiva.

Brasília está para ser abandonada a sua própria sorte. Nenhum parceiro dos BRICS virá ao socorro do Brasil. Eles tem problemas internos e externos muito mais sérios para resolver e não querem se intrometer num embate entre Brasil e EUA. O Brasil só importa quanto é útil aos interesses nacionais deles, e a reciprocidade nesse caso não é verdadeira.

A batalha final, tão temida e sonhada entre a Esquerda brasileira e o Imperialismo Americano enfim começou. Mas ela também representa uma ameaça existencial para as siglas PT, PSB, PCB, PC do B e PCO.

No espectro político brasileiro, não há quem possa apoiar de forma impune a decisão de Donald Trump. A política externa radical e equivocada de Lula e Amorim colocou o Brasil nessa enrascada, numa guerra comercial e política onde só temos dois caminhos, a rendição antecipada, mostrando nossa subserviência a Washington e que não somos fortes nem independentes, ou a derrota no embate comercial, com a atividade econômica do país paralisada ou destruída, e a consequente fuga para os EUA das nossas grandes empresas do setor de tecnologia, principalmente aeronáutica.

Á direita bolsonarista, que a despeito do abusiva perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a seus aliados e apoiadores, que ganhou evidencia e a atenção do governo dos EUA para os problemas do sistema judicial brasileiro e seu conflito de interesses com o governo brasileiro, pode ter tido aqui uma vitória de Pirro, já que para ganhar liberdade e voltar ao poder teria conspirado nos EUA como uma Quinta Coluna e supostamente provocado essa guerra comercial que vai afetar a vida de todos os brasileiros. O momento perfeito para a a ação da estratégia impantada pelo Planalto de “Nós Contra Eles“.

A situação é tão grave que todos vão perder. Não haverá vencedores.

Dentro do ambiente de segurança, não está descartado, ainda, que Trump, na sua característica instabilidade política e emocional possa também colocar em discussão a soberania da Amazônia, fazer exigências territoriais ou pressão para instalar bases militares no Brasil.

Putin, Xi e Modi não podem estender a mão para Lula. Somente a Europa pode mediar essa crise antes que tome proporções incontroláveis. A chave para esta mediação pode estar em Roma. A líder da direita italiana, Giorgia Meloni, parece ser a única mandatária europeia que é ouvida e respeitada por ambos Trump e Lula, ao mesmo tempo que a Itália possui interesses estratégicos, comerciais e históricos com o Brasil. Lula deve recorrer a mediação italiana pois um conflito retórico e ideológico com Washington só vai agravar a situação.

Enquanto isso, o Brasil precisa mostrar que sabe e pode se defender. Paralizar a compra de material de defesa norte-americano abruptamente não é factível, mas reforçar fornecedores de países mais confiáveis, como é o caso da Itália, França e Turquia. É o momento para reconstruir as forças, investir em capacidades militares e projetar poder. Porém mesmo esse movimento precisa ter uma ´pósição clara frente ao conflito da Ucrânia como o o então Primeiro-Ministro pedia há dois anos em visita a Brasília e agora Chefe da OTAN Rutte afirmou nesta segunda-feira (14JUL2025): OTAN quer Brasil pressionando Rússia para interromper ataques à Ucrânia

Não existe potência econômica que não seja ao mesmo tempo uma potência militar. Precisamos fazer escolhas neste momento que garantam nossa independência e liberdade, é hora de adquirir blindados, sistemas de defesa antiaérea de médio altura e aviões de combate. E dinheiro não falta para isso. O que falta são as escolhas corretas e uma ordem do presidente. Não vamos entrar em guerra com os Estados Unidos da América, mas fazer uma permanente disputa ideológica tem suas consequências.

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