Destacamento de Fronteira garante a soberania e preservação ambiental
Marcelo Barros
A Operação Catrimani II segue ampliando o controle sobre rotas utilizadas pelo garimpo ilegal na região norte do país. A destruição da pista “Espadim” e a apreensão de cinco dragas no Rio Uraricoera mostram o impacto direto da presença militar na Terra Indígena Yanomami, onde a presença do Destacamento de Fronteira de Waikás tem sido essencial para garantir a soberania e a preservação ambiental.
Capacidade operacional das Forças Armadas na repressão ao garimpo ilegal
Com o emprego de aeronaves UH-15 “Super Cougar” da Marinha do Brasil e o deslocamento estratégico de tropas do Exército Brasileiro, a Operação Catrimani II exemplifica o alto nível de integração entre as Forças Armadas e os órgãos de Segurança Pública. A ação fluvial no Rio Uraricoera, com mais de 90 km percorridos, revela uma capacidade de projeção de força em áreas remotas, garantindo não apenas a destruição de infraestruturas ilegais, como também a vigilância de áreas vulneráveis.
A inutilização da pista de pouso “Espadim” marca o quarto aeródromo clandestino destruído nos últimos dois meses, o que representa um duro golpe à logística do garimpo ilegal. Essas pistas servem como pontos de abastecimento para aeronaves que transportam combustível, alimentos e equipamentos para áreas de difícil acesso. Ao interromper esses fluxos, as Forças Armadas asfixiam o funcionamento das redes criminosas que exploram o território Yanomami.
Efeitos sociais e ambientais da presença militar na Terra Yanomami
A atuação militar contínua na Terra Indígena Yanomami (TIY) contribui para a proteção de comunidades tradicionais e para a redução de impactos ambientais graves, como o uso de mercúrio no processo de extração de ouro. Ao neutralizar cinco dragas de garimpo, a operação impede a contaminação de cursos d’água fundamentais à subsistência das populações indígenas.
Além disso, a presença militar tem efeito dissuasório imediato: com a vigilância intensificada, muitos garimpeiros deixam a área, reduzindo o risco de confrontos e a propagação de doenças. A preservação ambiental e o respeito aos direitos indígenas tornam-se ainda mais evidentes quando o poder estatal atua de forma assertiva e permanente.
O papel estratégico do Destacamento de Fronteira de Waikás no controle territorial
Desde sua ativação em janeiro de 2025, o Destacamento Especial de Fronteira (DEF) de Waikás tornou-se peça-chave na estratégia de proteção da Amazônia Legal. Com 30 militares em presença permanente e capacidade para apoiar outros 20 agentes de fiscalização, o destacamento tem assegurado suporte logístico, coleta de inteligência e pronta resposta a ilícitos ambientais.
Sua localização estratégica às margens do Rio Uraricoera facilita o monitoramento contínuo da região e permite ações rápidas em pontos críticos. Mais que repressão, a base em Waikás representa a materialização da soberania nacional em áreas antes dominadas por organizações ilegais. A infraestrutura militar instalada serve de base para o Estado brasileiro reafirmar sua autoridade e proteger um dos biomas mais valiosos do planeta. (Informações e imagens: EB)
DEFESA EM FOCO – Edição: Montedo.com
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