Bernardo Romão Correa enfatizou, porém, durante depoimento no STF nesta segunda-feira (28/7), que discordava do conteúdo do documento, “por achar que era um ato de indisciplina”
O coronel do Exército Bernardo Romão Correa é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter promovido ações para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a aderir à trama golpista e pelo envio da minuta da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro” ao então comandante Freire Gomes. Durante interrogatório realizado nesta segunda-feira (28/7), no Supremo Tribunal Federal (STF), o militar confirmou a existência do documento.
Romão Correa negou, contudo, que a “carta do golpe” tenha sido confeccionada durante encontro de militares no dia 28 de novembro de 2022, em Brasília.
“Então, essa era uma carta de coronéis do Exército direcionada ao comandante do Exército. O Bastos me mandou essa mensagem solicitando, dizendo que o chefe dele estava solicitando essa carta. E eu enviei para o Bastos. Eu falei assim: ‘Bastos, eu não tenho uma carta, mas essa carta está no grupo da nossa turma’. Eu busquei essa carta e repassei para o Bastos. Foi uma solicitação que foi feita para o Bastos”, relatou o réu.
Ele explicou ainda que o Exército fez uma sindicância, juntada aos autos, “que comprova quem foram os autores desta carta e nenhum deles estava no encontro”, disse.
O coronel alegou que o relatório da Polícia Federal (PF) informa que as últimas modificações do documento foram feitas no dia 28 de novembro pela manhã. “Então, é impossível que nós tenhamos mexido nesse documento na parte da noite”, respondeu ao juiz auxiliar que conduz o interrogatório no Supremo.
Romão enfatizou também que discordava do conteúdo do documento, “por achar que era um ato de indisciplina”.
CORREIO BRAZILIENSE
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