Medida foi tomada após apoiadores do ex-presidente convocarem ‘buzinaço’ para protestar contra decisão de Moraes
Wilton Junior
BRASÍLIA – A Polícia Militar do Distrito Federal reforçou a segurança e fechou o acesso à Esplanada dos Ministérios e à Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta segunda-feira, 4, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão foi tomada após apoiadores do ex-presidente convocarem um “buzinaço” em protesto à decisão do ministro. O bloqueio tem a impedir que os manifestantes chegassem à Praça dos Três Poderes, onde fica o Supremo Tribunal Federal (STF).
Na madrugada do dia último dia 26, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), aliado do ex-presidente, deixou, por ordem de Moraes, o acampamento que havia iniciado horas antes na Praça dos Três Poderes, em greve de silêncio.
O ministro do STF assinou um complemento da decisão proibindo a instalação de novos acampamentos num raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e até mesmo de quartéis das Forças Armadas. Moraes justificou que adotava a medida para evitar um novo 8 de Janeiro.
‘Buzinaço’ e casa de Bolsonaro
Na noite desta segunda-feira, após o bloqueio à Esplanada, apoiadores de Bolsonaro seguiram em carreata de carros e motos, escoltados por uma viatura da Polícia Militar, rumo ao condomínio da residência do ex-presidente, aos gritos de “Fora, Xandão” e “Fora, Moraes”.
“Mais uma arbitrariedade (a decisão de Moraes). Esse cara quer tocar fogo no País. Esse cara quer destruir a democracia brasileira. O povo vai fechar o Brasil”, disse ao Estadão o deputado Zé Trovão (PL-SC).
Questionado sobre o destino da carreata, ele afirmou: “Nós vamos até a frente do condomínio do presidente.” A residência fica no Jardim Botânico, região central de Brasília, a cerca de 20 minutos do Congresso Nacional.
Manifestantes chegaram na frente do condomínio por volta das 23h. Com bandeiras do Brasil, cantaram o hino nacional, fizeram orações pelo ex-presidente e entoaram palavras de ordem, como “O Brasil vai parar” e “Supremo é o povo”, além de ataques a Moraes e ao STF.
ESTADÃO – Edição: Montedo.com
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