Manaus (AM) – O Exército Brasileiro, por meio do Comando Militar da Amazônia (CMA), iniciou, no dia 3 de agosto, a fase de simulação construtiva da Operação Atlas, o maior exercício de adestramento militar do país em 2025.

Realizada em Manaus, esta etapa reúne cerca de 350 militares oriundos de diferentes regiões, com representações de todos os Comandos Militares de Área do Exército Brasileiro, e inaugura um ciclo de atividades que envolverá, ao todo, cerca de 10 mil integrantes das Forças Armadas.

A simulação construtiva representa um avanço significativo no adestramento militar. Com base em modernas ferramentas de modelagem e simulação, são recriados cenários complexos e desafiadores característicos da Amazônia, permitindo planejar, analisar e validar estratégias em um ambiente virtual controlado.

Esse processo inovador possibilita desenvolver soluções operacionais de forma otimizada e econômica, preservando a segurança dos meios e garantindo máxima efetividade nas ações. A solenidade de abertura foi conduzida pelo General Hiroshi, Comandante da 2ª Divisão de Exército e, neste exercício, Comandante da Força Terrestre Componente, acompanhado pelo General Peixoto, Chefe do Centro de Coordenação de Operações (CCOP) do CMA.

Concebida para fortalecer a capacidade de atuação das Forças Armadas em ambiente amazônico, a Operação Atlas será executada em fases sucessivas. As próximas etapas — o Deslocamento Estratégico e a Execução da Simulação Viva — ocorrerão entre 27 de setembro e 11 de outubro.

Nesse período, meios militares provenientes de todas as regiões do país serão concentrados em Manaus e Boa Vista, coroando um complexo planejamento logístico. As manobras táticas comprovarão não apenas a mobilidade estratégica e a interoperabilidade entre Marinha, Exército e Força Aérea, mas também o aperfeiçoamento da prontidão logística e operacional, apoiados por um avançado Sistema de Comando e Controle.

Mais do que um treinamento, a Operação Atlas 2025 se consolida como referência em integração interforças no Brasil. O exercício amplia a capacidade de resposta conjunta diante de desafios complexos, eleva o padrão de preparo das três Forças Singulares e fortalece a presença militar em uma região de valor geopolítico inestimável.

Em um território de dimensões continentais, a combinação entre presença permanente, mobilidade estratégica, interoperabilidade e tecnologia de ponta reafirma o compromisso nacional com a defesa da soberania e a proteção dos interesses vitais do Brasil.

Operação Atlas: Exercício Conjunto de Alta Complexidade no Coração da Amazônia

A Operação Atlas 2025 representa o mais avançado exercício conjunto das Forças Armadas brasileiras no corrente ano, coordenado pelo Ministério da Defesa. Com foco na atuação sinérgica entre Marinha, Exército e Força Aérea, a operação testa e aprimora a capacidade nacional de resposta em cenários reais de combate, com especial atenção ao contexto amazônico.

Neste ambiente estratégico, de extrema relevância para a soberania nacional, o Exército Brasileiro tem papel central, liderando movimentações de larga escala, executando ações táticas e promovendo experimentações doutrinárias de ponta.

O papel do Exército na Operação Atlas

Sob a coordenação do Comando de Operações Terrestres, o Exército Brasileiro planeja e executa ações que envolvem:

• Deslocamento e concentração estratégica de tropas e meios de todas as regiões do País;

• Emprego tático de Forças de Emprego Estratégico, Módulos de Apoio e Forças de Emprego Geral;

• Certificação de prontidão operacional conforme o Sistema de Prontidão Operacional do Exército (SISPRON);

• Operações simuladas em múltiplos domínios: terrestre, cibernético, e informacional;

• Adestramento avançado de Grandes Unidades, com foco em combate realístico e integração entre funções de combate;

• Experimentações Doutrinárias voltadas à inovação no campo militar terrestre, com destaque para ações antiacesso (A2), negação de área (AD) e targeting em operações multidomínio.

A condução da operação é responsabilidade do Comando Militar da Amazônia (CMA), que aplica a doutrina vigente em condições desafiadoras de terreno, clima e logística, reafirmando o compromisso do Exército com a defesa dos interesses estratégicos do Brasil.

Fases da Operação

1. Planejamento Conjunto (Fase 1): Integração estratégica entre as Forças, definição de cenários e coordenação logística.

2. Deslocamento Estratégico (Fase 2): Movimentação de tropas e meios para os estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

3. Execução Tática (Fase 3): Simulação viva de operações com emprego real de tropas, meios, sistemas e tecnologias.

4. Reversão (Fase 4): Retorno das forças para suas guarnições de origem e consolidação das lições aprendidas.

Um exercício que constrói soberania

Mais do que um treinamento, a Operação Atlas é um marco do preparo militar brasileiro. Ela fortalece a interoperabilidade entre as Forças Armadas, reafirma o compromisso com a proteção da Amazônia e posiciona o Brasil como referência em defesa de ambientes complexos e de interesse global

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