Defesa de Marcelo Câmara afirmou que monitoramento foi solicitado diretamente por Bolsonaro
Marcos Hermanson
Brasília – A defesa do coronel da reserva Marcelo Câmara, um dos réus no julgamento da trama golpista, confirmou nesta terça-feira (13) que o monitoramento do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes conduzido ao final de dezembro de 2022 foi um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A defesa do réu Marcelo Câmara solicitou que fosse esclarecido que, em relação ao segundo monitoramento no final de dezembro, não há nenhuma relação com a citada operação ‘Punhal Verde e Amarelo’ e esse monitoramento foi solicitado ‘diretamente’ pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”.
A defesa de Câmara, liderada pelo advogado Luiz Eduardo Kuntz, fez constar o pedido ao final da acareação entre o coronel da reserva e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, realizada nesta terça no Supremo.
Em seu depoimento, Cid afirmou ter encaminhado a Câmara dois pedidos de monitoramento de Moraes. O primeiro, entre 16 e 22 de dezembro de 2022, foi solicitado pelo major Rafael de Oliveira, que seria um dos artífices do plano para assassinar autoridades, segundo a Procuradoria-Geral da República.
Depois, um segundo pedido teria vindo do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo Cid, desconfiava que Moraes e o então vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), estariam se reunindo em São Paulo.
FOLHA – Edição: Montedo.com
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