Viagens de generais ao exterior já custaram R$ 2 milhões em 20225

 

Voos institucionais
A gastança com viagens internacionais dos militares

 

Lúcio Vaz
As viagens internacionais dos militares já custaram R$ 22 milhões neste ano. Considerando apenas os oficiais generais – almirantes, brigadeiros e generais do Exército, as despesas chegam a R$ 2 milhões. No roteiro, muitas visitas e viagens institucionais. O almirante de esquadra André Mendes teve a passagem mais cara – R$ 56,8 mil – para Dubai, na inspeção administrativa na Aditância (representação) das três armas nos Emirados Árabes e na Arábia Saudita.

O general de exército Francisco Montenegro participou do intercâmbio institucional de Operações Terrestres com os Exércitos da Polônia e Espanha, nas cidades de Varsóvia e Madri. A passagem custou R$ 41,6 mil. Com as diárias, as despesas chegaram a R$ 63 mil. O almirante Arthur Corrêa viajou para a inspeção na Adidância Naval nos Estados Unidos. Mais uma despesa de R$ 22,7 mil com passagens aéreas.

O almirante de esquadra Eduardo Vazquez foi a Washington para a inspeção administrativa na Comissão Naval Brasileira. A viagem custou R$ 40 mil. Considerando todas as 92 viagens de militares à Washington, o custo médio das passagens ficou em R$ 8 mil. Em 46 missões, as passagens ficaram abaixo de R$ 5 mil. Quem pode viajou na classe executiva.

As viagens mais caras
A viagem a serviço do comandante do Exército, Tomas Paiva, e comitiva, para as cidades de Roma, de Pistóia e de Montese, na Itália, para “visita institucional” ao Exército da Itália, em abril, em atividade de “diplomacia militar”, custou R$ 313 mil. A missão internacional a serviço do Comandante do Exército e comitiva para Lisboa, para “visita institucional” ao Exército de Portugal, de 15 a 22 de fevereiro, “em atividade de diplomacia militar”, custou R$ 126 mil.

Oficiais superiores, capitães, tenentes e praças também viajam para missões no exterior que duram até seis meses. Os militares podem levar a esposa e filhos. Um deles levou a mulher, a filha e dois filhos. Neste ano, essa movimentação de militares e familiares – cerca de 300 – já custou R$ 1,5 milhão. Um oficial superior, acompanhado da esposa, fez um “Doutorado Sanduíche e Pós-Doutorado” na Universidad Complutense de Madrid (UCM). As passagens custaram R$ 13 mil.

O que dizem os Comandos Militares
O Exército afirmou que os seus eventos institucionais no exterior são definidos em acordos bilaterais com Nações Amigas, alinhados aos objetivos estratégicos e previstos no orçamento do ano anterior. “Tais ações fortalecem a diplomacia militar, permitem o compartilhamento de experiências e os intercâmbios para aprimorar capacidades de defesa, envolvendo o efetivo mínimo necessário para esses fins”.

A Aeronáutica afirmou que as suas missões institucionais são planejadas e aprovadas somente após avaliação criteriosa, levando em consideração fatores que colaborem para o cumprimento da sua missão.

“Essas viagens envolvem uma série de objetivos estratégicos, tais como a preparação, capacitação, troca de experiências e o fortalecimento dos laços diplomáticos com nações amigas, os quais são essenciais para o desenvolvimento da segurança, defesa e proteção de interesses nacionais; além de contribuir para a construção de uma imagem institucional sólida e respeitada globalmente. A Marinha não respondeu aos questionamentos do blog.
GAZETA DO POVO – Edição: Montedo.com

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