General Viana Filho assumiu o Comando Militar da Amazônia
Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília
O novo comandante militar da Amazônia, general de Exército Viana Filho, deixou nas mãos da justiça o caso dos 27 militares brasileiros acusados de tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.
A manifestação de Viana Filho ocorreu na formatura de troca de comando do comandante do CMA, Costa Neves, na noite desta terça-feira (19/8).
Na ocasião, em entrevista à imprensa do Amazonas, Viana Filho respondeu ao questionamento do BNC que perguntou: como ele vê a situação dos generais que o antecederam e que estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes políticos?
Desse modo, o novo comandante respondeu:
“O assunto pertence à justiça. Nossa missão é a defesa da pátria, é a formação dos nossos soldados, é o preparo da nossa força terrestre, da força da Amazônia para defender as nossas fronteiras”, desconversou Viana Filho.
De acordo com informações do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal, dos 39 acusados, muitos deles já indiciados pela tentativa de golpe, 27 são limitares de alta, média e baixa patentes das três forças armadas.
No núcleo principal estão:
- Jair Messias Bolsonaro – ex-capitão do Exército (reserva) e ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, com pleno conhecimento do plano golpista;·
- Walter Braga Netto – general da reserva, ex-ministro da Defesa; identificado como um dos líderes da trama;
- Augusto Heleno – general da reserva, ex-ministro do GSI; apontado como possível comandante de um “gabinete de crise” golpista.
Comando da Marinha
Por sua vez, o almirante de esquadra (Marinha), ex-comandante da Marinha até 5 de janeiro de 2023; Almir Garnier Santos – é acusado por Cid e Baptista Júnior de integrar o plano golpista
Assim como o tenente-brigadeiro da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior – que declarou em depoimento sua participação em reuniões que discutiram minutas golpistas entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023
E Mauro Cid (tenente-coronel), Ailton Gomes (ex-major/ advogado), Elcio Franco (coronel) relacionados ao planejamento e recrutamento de civis e militares, conforme investigações da Operação Venire.
Militares da Amazônia
Além do “núcleo duro” do golpe, quatro entre os 27 militares envolvidos, passaram por comandos na Amazônia, especialmente no estado do Amazonas. São eles:
- Nilton Diniz Rodrigues – general de brigada – comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira (AM)
- Hélio Ferreira Lima – tenente-coronel – comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, Manaus
- Estevam Cals Theophilo de Oliveira – general do Exército – comandante do CMA / 12ª Região Militar em Manaus (2020-2021)
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira – general do Exército -comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva em Tefé (AM) (2012-2014)
Generais contrários ao golpe
No entanto, o general Freire Gomes, então comandante do Exército, foi determinante para que o golpe de Estado não fosse consumado, segundo o relatório da Polícia Federal.
Ainda segundo a instituição, além de Freire Gomes, o comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior, também teria de manifestado contrário ao plano.
Com a negativa dos dois, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria então procurado o apoio do general Estevam Theóphilo, à frente do Comando de Operações Terrestres (Coter) do Exército.
BNC AMAZONAS – Edição: Montedo.com
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