Marinhas do Brasil e da Argentina estreitam laços na Operação “Fraterno XXXVIII”

Cerca de 600 militares participaram da operação que reforça a interoperabilidade entre as Marinhas dos dois países

Por Agência Marinha de Notícias

A 38ª edição da Operação Combinada “Fraterno”, realizada pela Marinha do Brasil (MB) e pela Armada Argentina (ARA), foi encerrada no dia 15 de agosto na cidade de Salvador. A operação contou com uma fase de porto, realizada de 7 a 11 de agosto, na Base Naval do Rio de Janeiro, e uma fase de mar, conduzida entre 11 a 15 de agosto, na área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA).

Durante a fase de porto, foram realizados adestramentos em simuladores do Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão (CAAML), reuniões preparatórias, eventos esportivos no Complexo Naval de Mocanguê, visitas aos navios envolvidos na operação e a cerimônia de abertura da “Fraterno”.

O Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Antonio Carlos Cambra, recebeu o Comandante do Grupo-Tarefa (CGT) argentino, Capitán de Navio Ramón Gustavo Bravo, e o Comandante da Corveta “Espora”, Capitán de Fragata Jorge Gabriel Caceres.

A operação contou com a participação da Fragata “Independência” (F-44), do Submarino “Tikuna” (S-34), dos Navios-Patrulha “Macaé” (P-70) e “Guaratuba” (P-50), do Navio-Varredor “Aratu” (M-15), além de duas aeronaves da Marinha do Brasil: uma de asa fixa “Skyhawk” (AF-1) e um helicóptero “Wild Lynx” (AH-11B). Pela Armada Argentina, participou a Corveta “Espora” (P-41).

Ações no mar ampliam interoperabilidade entre as Marinhas

Cerca de 600 militares brasileiros e argentinos executaram uma série de operações, ações e atividades no mar, dentre as quais merecem destaque as qualificações com o helicóptero Wild Lynx; os trânsitos com ameaças de superfície, representadas pelos Navios-Patrulha “Macaé” e “Guaratuba”; os treinamentos de ataques antissubmarino coordenados sobre o Submarino “Tikuna”; o trânsito sob ameaça aérea, representada por uma aeronave AF-1 do Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque da Esquadra; os tiros com canhões antiaéreos sobre granadas iluminativas; os tiros com os canhões principais sobre alvo à deriva; e as abordagens cooperativas de contatos de interesse e navegação em canal varrido de minas marítimas, guiada pelo Navio Varredor “Aratu”.

As ações tiveram como objetivo aperfeiçoar o adestramento das equipes de ambas as Marinhas e fomentar a cooperação, com ganhos operacionais decorrentes do intercâmbio de experiências. Todas as atividades foram conduzidas em ambiente de profissionalismo, respeito mútuo e camaradagem.

O Comandante do Grupo-Tarefa brasileiro na Operação “Fraterno XXXVIII”, Contra-Almirante Sérgio Blanco Ozório, Comandante da 2ª Divisão da Esquadra, destacou a importância da iniciativa como instrumento de diplomacia naval e de fomento à interoperabilidade entre as Forças Navais.

Segundo o Vice-Almirante Cambra, “A Operação ‘Fraterno’, desde sua origem na década de 70, simboliza o compromisso de ambas as Marinhas com a cooperação e o fortalecimento dos laços de amizade, promovendo, ao mesmo tempo, o aprimoramento profissional dos meios navais envolvidos.”

Fonte: Agência Marinha de Notícias

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