1º GDAAE celebra 25 anos do batismo de fogo da Defesa Antiaérea da FAB

A solenidade também destacou os 28 anos de trajetória do Grupo Laçador

Agência Força Aérea – 1º GDAAE, Tenente Igor Ferreira Vieira E Tenente Wanessa Liz

O Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea (1º GDAAE) – Grupo Laçador – celebrou, no dia 25 de agosto, um marco histórico para a Força Aérea Brasileira (FAB): os 25 anos do batismo de fogo da Defesa Antiaérea. A data recorda os primeiros disparos reais do míssil IGLA 9K38, realizados em 24 de agosto de 2000, durante a Operação CARAMURU 1, na Restinga da Marambaia (RJ).

Para eternizar o feito, a entrada do prédio do Grupo ganhou um memorial simbólico com dois lançadores IGLA-S cruzados e uma placa comemorativa, em homenagem aos pioneiros que ajudaram a consolidar a capacidade antiaérea na FAB.

1 GDAAEA cerimônia foi presidida pelo Comandante do 1º GDAAE, Tenente-Coronel de Infantaria Julio Cesar do Amaral Junior, e reuniu militares da ativa, da reserva e Laçadores honorários. Entre os convidados especiais estavam os protagonistas do marco histórico, os militares que realizaram os disparos há 25 anos: Cabo Celso Quinteiro Corrêa de Moraes, Cabo Juarez Silveira da Silva e Soldado Dionísio André de Souza.

“Foi um momento de grande tensão pelo marco do lançamento e pela necessidade de coordenação entre a Unidade de Tiro e o helicóptero que lançaria o alvo. Após algumas tentativas, o flare acendeu e conseguimos realizar o disparo com êxito”, relembrou o Cabo Quinteiro.

O legado dos Gaviões e Carcarás

A solenidade também destacou os 28 anos de trajetória do Grupo Laçador, criado em 1997 como a Primeira Companhia de Artilharia Antiaérea de Autodefesa (CAAAD). Os militares herdaram a missão e a doutrina dos chamados Gaviões e Carcarás, primeiros a atuar na área, e foram responsáveis por desenvolver uma metodologia própria de emprego da Defesa Antiaérea, voltada para a proteção de pontos estratégicos da Força Aérea.

Desde então, o 1ºacumulou experiências em treinamentos nos mais diversos cenários — dos Pampas à Selva Amazônica — e participou de operações de grande visibilidade, como a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014), os Jogos Olímpicos (2016), além da segurança em encontros de líderes internacionais, como o G20 em 2024 e o BRICS em julho deste ano. O Grupo também foi fundamental na implantação do míssil IGLA-S e do Radar SABER M60, consolidando sua posição de referência em Defesa Aeroespacial.

Ao celebrar os 25 anos do primeiro disparo real, o 1º GDAAE reafirma seu compromisso de preservar a memória de seus pioneiros, reconhecendo a coragem e o profissionalismo de quem abriu caminho. Mais do que relembrar o passado, a data reforça a continuidade de um legado que inspira as novas gerações a seguir com honra, prontidão e excelência na missão de defender os céus do Brasil.

O míssil

O míssil IGLA-S destina-se a engajar aeronaves voando a baixa altura, ou seja, até 3.500m, em rota de aproximação ou afastamento, bem como veículos aéreos não tripulados (VANT) e mísseis de cruzeiro, mesmo em ambientes de contramedidas com fonte de calor (flares). É um armamento portátil do tipo fire and forget, ou seja, “atire e esqueça”.

Apresenta o alcance máximo de utilização de 6.000 metros e pode ser disparado de posições fixas, viaturas em movimento em terreno plano (até a velocidade de 20 km/h) e vagões ferroviários (até a velocidade de 50 km/h).

O conjunto em posição de combate pesa 16,7 kg e pode ser lançado do ombro do atirador nas posições de pé ou de joelho, apresentando o tempo de reação de 13 segundos. Seu sistema de guiamento é de Atração Passiva por Infravermelho, que funciona por meio da detecção de fontes de calor emitidas pelo alvo, como por exemplo, o calor oriundo das turbinas de uma aeronave.

O sistema IGLA-S possui a capacidade de diferenciação de alvos verdadeiros e alvos falsos, como por exemplo, flares, por meio da inserção de um Circuito de Seleção na Cabeça de Guiamento do míssil.

Foto: 1 GDAAE

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