Otan diz que Rússia e China se preparam para guerra contra a aliança

De acordo com chefe da Otan, Mark Rutte, Rússia e China estão expandindo capacidades militares para guerra a longo prazo com a aliança
Junio Silva
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, afirmou que Rússia e China se preparam para um confronto longo com a aliança militar, na qual os Estados Unidos detêm o maior poder militar e influência estratégica. A declaração do chefe do bloco aconteceu nesta quarta-feira (27/8), durante evento na Alemanha.

“Rússia e China estão expandindo suas Forças Armadas e suas capacidades em velocidade e escala”, disse Rutte durante inauguração de uma fábrica de munições no município alemão de Unterlüß. “Seu reforço militar aponta para uma direção clara: eles estão se preparando para um confronto e competição de longo prazo, conosco [Otan]”.
Por conta da ameaça, o líder da Otan voltou a pedir que os 32 Estados-membros da aliança reforcem sua área de Defesa e invistam mais na área de indústrias militares.

Desde o início do conflito na Ucrânia, a aliança tem sido uma das principais fontes de assistência militar ao país liderado por Volodymyr Zelensky. Apesar do investimento, a guerra com a Rússia se arrasta por mais de três anos. Com isso, a Otan já admitiu publicamente que os arsenais dos países membros estavam se esgotando.

Em maio deste ano, Rutte declarou que a Rússia é superior ao bloco, como um todo, em termos de produção de munições — o que seria uma das explicações para a superioridade no campo de batalha.

Por isso, meses depois, as 32 nações da Otan concordaram em aumentar os gastos com defesa, e destinar 5% do PIB para a área. Além do conflito na Europa, a decisão foi tomada após pressões do presidente dos Estados Unidos.

Antes mesmo de assumir a Casa Branca, Trump falou em retirar os EUA da Otan, caso aliados não cumprissem metas de gastos militares. Na prática, isso significaria um golpe para a aliança, cuja maior parte do investimento vem dos norte-americanos.

A possibilidade de Washington “abandonar” Kiev também foi um dos motivos que desencadearam uma corrida armamentista na Europa, principalmente entre membros da Otan. O motivo: eles enxergam uma possível derrota da Ucrânia como uma ameaça futura contra seus próprios territórios e interesses.

No mesmo dia da declaração do chefe da Otan, Rússia e China finalizaram um exercício militar nas águas da região da Ásia-Pacífico.

Segundo informações da Marinha da Rússia, a atividade consistiu em uma patrulha naval conjunta na área, que envolveu navios e submarinos de guerra russos e chineses.
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