O Teatro de Putin: O Manual de 10 Passos que Engana o Ocidente (e Você)

Você acha que as negociações de paz com a Rússia são reais? Pense de novo.

Neste vídeo, Prof. Berzins desvenda o que ele chama de “Teatro de Negociações” de Vladimir Putin: um manual de 10 pontos testado e aprovado para manipular o Ocidente, comprar tempo e fortalecer suas capacidades militares na guerra da Ucrânia.

Enquanto o mundo assiste a encontros diplomáticos, a Rússia acelera a produção de dezenas de milhares de drones com ajuda da China e planeja um exército de 200.000 soldados especializados.

Vamos analisar como essa estratégia de engano funciona passo a passo e qual o perigoso papel que o Brasil ocupa nesse xadrez geopolítico. Será que o Brasil conseguirá se manter neutro ou será forçado a escolher um lado na crescente polarização entre EUA/Europa e o eixo Rússia-China?

NESTE VÍDEO, VOCÊ VAI ENTENDER:

  • O Manual de 10 Passos que Putin usa para negociar (e enganar).
  • Os números chocantes da produção de drones russos (Shahed).
  • A “guerra por procuração” da China contra o Ocidente.
  • As fraquezas internas da Rússia: economia e demografia.
  • O dilema do Brasil: líder do Sul Global ou vítima da polarização?

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Acesse Página do Professor Berzins

TRANSCRIÇÃO EDITADA DO VÍDEO DO PROF BERZINS

Putin está usando um Manual de 10 pontos, que é coisa antiga, é estratégia russa. Isso é coisa desde a época da União Soviética que a KGB usava, não só a KGB, mas de maneira geral os serviços de informação, de segurança, os políticos soviéticos já usavam e hoje continuam usando.

É um manual de 10 pontos com que tem objetivo de comprar tempo. Assim, a Rússia pode fortalecer sua capacidade militar e humilhar o Ocidente ao atingir os seus objetivos estratégicos.

Você que se interessa por geopolítica e quer entender os bastidores de guerra, inclusive dessa guerra mais importante do século XXI, não apenas os bastidores de guerra, mas quer entender os bastidores, o que acontece na geopolítica, na geoeconomia, como isso pode mexer no seu bolso, como isso pode influenciar você, como isso pode influenciar a economia do brasileira, como isso pode influenciar a sua empresa.  

Então não esqueça de dar aquele like e se inscrever no canal para receber as atualizações. Vamos começar pelo básico.

O que aconteceu recentemente? Tivemos um encontro entre o Trump e o Putin, Alaska 2025, quase 3 horas de conversa fiada, que resultaram, vamos falar em português, claro, nenhum avanço.
Zero progresso concreto, nenhuma concessão real da Rússia. E como eu disse num vídeo que está aí no canal, o Putin saiu desse encontro como grande vencedor. E por quê?

Porque ele conseguiu se apresentar como um líder mundial indispensável para a audiência interna russa e para os países não alinhados com Ocidente, como Irã, Brasil, China, etc.

E logo depois teve a reunião em Washington com o Zelensky e os líderes europeus. E daí a diferença de tom foi gritante, porque enquanto Putin oferecia um espetáculo de teatro, os europeus falavam de solidariedade real, garantias e segurança concretas e ajuda militar continuada. Mas aqui está o problema.

Está todo mundo sendo enganado pelas táticas russas e é isso que vamos destrinchar agora.

Olha, o Putin não improvisa, ele segue um roteiro testado e aprovado que já foi usado em dezenas de conflitos. E agora os 10 pontos desse manual.

Pontos de um a três, que é a base estratégica.

Primeiro ponto, o Putin sempre pede o máximo que pode, incluindo coisas que nunca teve direito. Por exemplo, desmilitarização total da Ucrânia, mudança de governo para um fantoche para a Rússia e manter Crimeia e Dombass. E ao mesmo tempo tem zero flexibilidade sobre esses objetivos.

Segundo ponto
, resistência estratégica.

O Putin se prepara para o longo prazo. Ele sabe que pode resistir mais tempo do que o Ocidente. Não que o Ocidente não tenha recurso, mas o Ocidente tem pressa para resolver esses conflitos, porque o Ocidente pensa muito em termos estratégicos, econômicos, enquanto que os russos, assim também como chineses, eles pensam em termos estratégicos no nível político da grande estratégia, então eles têm mais paciência. E daí, como o Ocidente tem pressa para resolver esses conflitos, os russos usam isso contra os políticos ocidentais.

A Rússia usa então ultimatos, ameaças, e chantagens, intimidação, por exemplo, a intimidação nuclear. E tudo isso para explorar a psicologia ocidental, a tendência de fazer concessões rápidas e mais para evitar confrontos, apaziguar, colocar panos quentes.

Terceiro, ambiguidade estratégica.

O Putin mantém suas linhas vermelhas sempre indefinidas. Ninguém sabe quando ele pode escalar ou desescalar, criando incerteza constante, fragilizando psicologicamente o oponente e favorecendo quem tem mais paciência.

Pontos Quatro a Cinco, táticas e engajamento inicial.  

Quarto ponto, é um teatro perpétuo de reuniões.

Os russos e daí, claro, Putin, também estão sempre disposto a conversar, negociar, discutir e isso acaba criando uma ilusão “da boa fé”, onde não existe nenhuma. É um puro show para as câmeras.

Quinto ponto, concordar com objetivos sem apresentar soluções.

Ah, mas a paz é importante,estabilidade é necessária, claro que é. Só que eles nunca apresentam propostas concretas, propostas reais, propostas sensatas para alcançar essa paz. É simplesmente uma distração que desperdiça tempo enquanto mantém as coisas do jeito que estão.

Pontos Seis a Oito, controle do processo.

Sexto ponto, teatro de legitimidade.

O Putin usa as negociações como vitrine para legitimar seu regime internamente e melhorar sua imagem global sem fazer concessões reais.

Sétimo ponto, monopolização da narrativa, já que através da mídia estatal russa e de plataformas internacionais, que são simpáticas ao regime russo, inclusive em algumas injunções, que são meio que estranhas, por exemplo, a questão de esquerda e direita. A Rússia hoje em dia é um regime de direita, mas é impressionante como no Brasil a esquerda apoia também muito a Rússia pelo fato de estar contra os Estados Unidos. É difícil aceitar essa permeabilidade ideológica, mas daí é cada um sabe de si nesse caso.  O Putin controla a história (narrativa). Qualquer impasse é culpa da intransigência ocidental, não da obstrução russa.

Oitavo ponto, a fragmentação das coalizões.

Putin trabalha para dividir os aliados através de conversas bilaterais paralelas. Tenta separar países individualmente do grupo principal, explorando divergências para semear dúvidas sobre o propósito unificado.

Pontos 9 e 10, Pressão e falso progresso.

Nono Ponto, Concessões em formas de miragem.

O Putin concorda com medidas incrementais que parecem progresso, tipo corredores humanitários temporários, cessar fogo breves, trocas de prisioneiros, tudo isso são coisas reversíveis que geram manchetes, mas deixam as demandas principais inalteradas.

Décimo Ponto que é o mais importante, nunca ceder, sempre apertar.

O Putin nunca cede terreno. Quando lhe é oferecido parte do que inicialmente demandou, não aceita. Ele aperta por mais. Cada concessão parcial vira a prova que as demandas totais são alcançáveis.

Agora, por que que o Putin está tão confiante?

Porque ele não tem pressa. A resposta está nas capacidades militares que a Rússia está construindo enquanto está todo mundo distraído nesse teatro de negociações. E os números que são planificados não significa que eles vão conseguir fazer, mas os planos são realmente impressionantes. A Rússia está planejando produzir entre 70.000 e 80.000 drones tipo Shahed só esse ano, 2025. A fábrica de Yelabuga (Tartaristão) está produzindo mais de 100 Shahed por dia, e a China está ativamente ajudando a Rússia a escalar produção em massa desses sistemas de drones.

Então, a Rússia está construindo rapidamente forças de drones dedicadas que segundo os planos de novo, porque plano pode ser alucinação, plano pode ficar só no plano, mas segundo os planos podem resultar em entre seis a sete regimentos e cerca de 15 a 16 batalhões, até o final

de 2025, que serão integrados diretamente nas divisões de fuzileiros motorizados e aerotransportadas, além de unidades especializadas de ataque. Dentro de 18 a 24 meses, a ideia de novo plano são forças de drones de cerca de 200.000 pessoas, ou seja, 200.000 soldados e mais de 200 batalhões no total. E isso é apenas o que está sendo divulgado, que não está secreto.

Mas por isso também que pode ser simplesmente medidas ativas, que também é uma parte da estratégia russa de influência. Agora, por causa da China, a Rússia pode superar a Ucrânia em soluções avançadas. E particularmente sistemas de guerra eletrônica e capacidades integradas e contra drones. Se a gente somar isso ao fluxo constante de soldados contratados     (Nota- todo soldado russo para operar no exterior precisa assinar um contrato com o Ministério da Defesa russo), equipamento de novas divisões no Distrito Militar de Leningrado e o controle doméstico cada vez mais rígido, em tese, a Rússia pode transformar suas forças armadas  realmente, depois do fracasso da escalada em 2022, voltarem a ser uma força militar a ser respeitada, porque perdeu muito prestígio depois, da escalada em 2022.

Mas só que esses são os planos e agora a questão, eles vão conseguir. Eu já falei em outro vídeo, que eu tenho amigo, que ele sempre diz o seguinte: plano sem dinheiro, plano que não está no orçamento, é alucinação.

Então, será que os russos conseguem? Há vários problemas.

Primeiro, toda a tecnologia de drones é dependente da China. Quem está dando essa oportunidade para o Putin, portanto, é o Xi Jinping.

Afinal, já está mais do que óbvio que a China está em uma guerra por procuração ou como diz em inglês, proxy war, contra a Europa e sobretudo contra os Estados Unidos, colocando a Rússia na fogueira ali no teatro de guerra ucraniano.

Segundo, a Rússia tem um problema demográfico sério, mesmo supondo um resultado favorável, a quantidade de gente que já morreu, a quantidade de gente que foi aleijada, tem um termo em russo, inclusive nos aleijados mais sérios, chamada de samovar. É a galera que volta sem os dois braços, sem as duas pernas, fica só o tronco e a cabeça, que não vão conseguir trabalhar porque estão aleijados, então o grupo que morreu, o grupo que está aleijado, então tem os Samovares, tem o grupo que ficou cego, A guerra é horrível.

É um horror. E só que tem uma coisa, há um grupo que também volta traumatizado e que é incapaz de viver em uma sociedade normal e trabalhar.

Inclusive, isso aconteceu depois da guerra do Afeganistão, nos anos 80 e foi um dos fatores que influenciou grandemente a União Soviética e acabou resultando no seu colapso. O consumo de álcool, que impede muita gente de trabalhar, muitos com alucinações, porque realmente teve um impacto muito grande na saúde psicológica dos veteranos.

Terceiro, a economia da Rússia está mal das pernas. Pode falar o que for, só que não está muito bom, porque nunca foi muito boa, a Rússia basicamente explora petróleo, que é commodity, e explora grãos. A Rússia não tem tecnologia. Tanto que, como eu disse, depende da China para tecnologia dos drones e também do Irã. O

Irã também está ajudando com a sua tecnologia. A maior parte da tecnologia da Rússia é da época ainda da União Soviética. Não há uma grande tecnologia de bens de consumo.

Ninguém quer uma porcaria igual ao carro dos anos 80, porque os caras não têm não tem tecnologia. Pois bem, então o que é que tá acontecendo? Primeiro, o preço do petróleo está instável, a demanda global está em tendência de queda no longo prazo, porque tem veículo elétrico, porque estão substituindo o petróleo por outros insumos também.

Há a questão da ecológica. Há uma tendência de queda no longo prazo do preço do petróleo. E olha aí quem opera em futuros. Isso aí ia ficar ligado.

Segundo a safra de grãos esse ano está para ser pior em anos. Em julho as exportações caíram menor nível para o mês de julho, desde 2008. Ocorreram geadas, fora de época, na primavera. E essas geadas, ainda na primavera, danificaram mais de 240.000 acres de plantação sendo que 100.000 acres foram perdidos totalmente. Daí no verão teve ondas de calor acima de 40º, o que resultou numa seca severa. E isso, tudo isso devastou quase 500.000 acres. Por exemplo, a região de Rostov chegou a decretar estado de emergência.

Então, antes os campos que eram dourados de grãos, agora estão rachados e secos.

Portanto, a projeção da produção de trigo desabou de 90 milhões de toneladas para mais ou menos entre 80 e 85 milhões de toneladas. E essa produção total de grãos que havia atingido quase 160 milhões de toneladas em 2022 deve recuar de maneira total, não só trigo, mas tudo deve recuar para aproximadamente 130 milhões de toneladas apenas. Então assim, planos podem ser apenas alucinações, mas eles estão tentando.

Ou seja, embora o início da escalada em fevereiro de 2022 tenha sido um desastre estratégico, como eu já disse, parece que a Rússia está conseguindo evoluir, não completamente, pois está aumentando a sua dependência estratégica da China e está aumentando a sua dependência estratégica do Irã também, mas está fortalecendo, ou pelo menos está tentando fortalecer suas capacidades militares e reposicionar sua economia para uma guerra prolongada.

Agora, isso significa, vamos pensar juntos, então que as ofertas da Rússia, de paz e tal, é tudo no 171, é tudo pegadinha do malandro, porque o Lavrov já disse que a Rússia quer voz sobre as garantias de paz para a Ucrânia e a sua implementação, exatamente como previsto nos pontos 9 e 10 do manual que eu citei. Os russos também estão fazendo de tudo para convencer o Trump que eles estão se comportando de forma razoável enquanto estão estabelecendo condições que o Zelensky obviamente rejeitaria e rejeitou de fato.

Eu penso que depois da reunião do Alaska, o Zelensly encontrando com o Trump na segunda-feira e isso qual que era a ideia? Olha só a sacada. Os russos vão lá e eles falam: “Não, a gente quer negociar, a gente quer a paz, não sei o que tal. Quem não quer a paz é o Zelensky, ele que é o garoto em xeque.

Daí o Trump, postou na sua Midia Social que a paz estava nas mãos do Zelensky. Então, olha só a sacada dos russos.

Se na reunião de segunda-feira, se os europeus não tivessem ido, o que é que ia rolar? Super simples. Ia rolar o seguinte, o Zelenky falaria:

“Não, mas esse negócio aí que os russos estão pedindo não rola, tipo, Dombass inteiro, desmilitarização, não sei o que mais e tal”. O que é que o Trump ia dizer?

Ué, você é o problema então, cara? Todos querem a paz, Olha só a sacada. Então, os russos na questão da influência são espertíssimos, inteligentíssimos.

E daí entra uma outra pergunta: “E o Brasil? Onde o Brasil se encaixa nessa história toda?” A resposta é complexa e cheia de problemas, mas também cheia de oportunidades.

O Brasil está numa posição única, mas aqui que está o problema. O Brasil anda na corda bamba porque está dançando um balé entre duas forças titânicas.

Por quê? De um lado tem a pressão dos Estados Unidos e da Europa para o Brasil condenar abertamente, completamente a Rússia e se alinhar com o Ocidente. Do outro, tem o Putin tentando usar os BRICS como plataforma antiocidental, algo que o Brasil, inclusive, categoricamente já disse que não quer. E daí o que é que o Brasil fez até agora?

Uma dancinha diplomática. Aí dançou uma lambada diplomática, um sambinha diplomático impressionante, porque primeiro votou a favor da maioria das resoluções da ONU condenando a agressão russa, só que ao mesmo tempo vem se recusando a isolar completamente a

Rússia. O Brasil ofereceu mediação, defendeu soluções negociadas e manteve canais abertos com todos os lados. Só que essa estratégia tem quatro implicações cruciais para o Brasil. Quer ver?

Primeiro ponto: risco de marginalização.

Se o Brasil não conseguir equilibrar todas essas pressões de todos os lados, pode acabar sendo marginalizado tanto pelo ocidente quanto pelos BRICS.

E daí a credibilidade como mediador global está em jogo, porque vão dizer o seguinte: “Não, o Brasil é em cima do muro, o Brasil não tem moral, o Brasil não tem nada”. E aqui está a questão, tipo, não quero entrar na discussão de qual moral está certa ou qual está errada, só que geralmente quem tenta agradar a todos não agrada a ninguém.

Segundo ponto: impacto econômico direto.

Olha, os mercados brasileiros já sentiram a volatilidade da guerra. Se o conflito se prolongar e se intensificar, as consequências para a economia brasileira podem ser ainda maiores, desde no nível de commodities até investimentos estrangeiros. Lembrando que a Casa Branca e que o Trump não estão muito felizes com o Brasil, tem toda a história do Tarifaço.

Terceiro ponto: oportunidade de liderança do Sul Global.

O Brasil pode emergir como um líder real de uma terceira via, nem pró-ocidente cegamente, nem antiocidental, como a Rússia quer. Mas só que isso exige uma habilidade diplomática excepcional e uma visão de que realmente isso seria o certo a ser feito. Eu acho que é.

Quarto ponto: teste da autonomia estratégica.

Como Lula e o Gabriel Boric (presidente do Chile) disseram em abril, não queremos escolher entre Estados Unidos e China, queremos comerciar com ambos. Só que o conflito na Ucrânia é o teste definitivo dessa filosofia. E o grande risco para o Brasil é ser pego no meio de uma polarização crescente, onde não há espaço para nuances, onde não dá para fazer dancinha.

Se o Putin continuar rejeitando qualquer compromisso real e ficar escalando militarmente com, as novas forças de drones, o mundo vai se polarizar ainda mais. A Europa vai à loucura e aí o Brasil vai ter que escolher ou vira coadjuvante numa ordem mundial cada vez mais bipolar. E por que que é bipolar? A Rússia quer que seja multipolar, mas é bipolar, porque é o Ocidente. E daí no caso do Ocidente, principalmente os Estados Unidos, e a China, a Rússia é um ator menor.

Quem manda, o patrão, é a China. Então, ou o Brasil vira coadjuvante numa ordem mundial cada vez mais bipolar e a Rússia está pondo pilha para isso, ou assume a liderança real de uma alternativa. Só que para o Brasil liderar precisa o quê:

–  Precisa de Real Poder Econômico;
–  Precisa de Poder Militar;
–  Precisa de Desenvolvimento Tecnológico.

E aí que mora o grande desafio.

O Brasil tem a diplomacia, mas tem o poder de fogo para sustentar essa autonomia estratégica num mundo cada vez mais perigoso?

É uma pergunta importante. O Brasil ou pode ser o arquiteto de uma nova ordem mundial multipolar e equilibrada, ou pode ser mais uma vítima da polarização crescente que está acontecendo no mundo.

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