Defesa do general reitera que cliente não incentivou militares a golpe

Juan Araujo
O advogado Matheus Milanez, responsável pela defesa do general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) Augusto Heleno, negou nesta sexta-feira (5) que seu cliente tenha incentivado militares a dar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo ele, não há qualquer envolvimento do militar na suposta conspiração que é julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Em nenhum momento o general ficou sabendo de qualquer coisa, se é que havia alguma coisa. Em nenhum momento o general teve acesso a qualquer tipo de minuta, nenhuma foi encontrada com ele, nenhuma foi falada com ele”, disse Milanez em entrevista ao programa Acorda Metrópoles.

A Procuradoria aponta Heleno como um possível “articulador jurídico” do plano. No entanto, a defesa sustenta que não existem provas que sustentem essa acusação.

O advogado também relembrou que testemunhas da acusação — o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e o brigadeiro Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica — negaram a participação de Heleno em encontros onde teria sido discutida uma minuta golpista.

Milanez destacou que a própria carreira do ex-ministro reforça sua inocência.

“Com a fama que ele tem dentro das Forças Armadas, ele é um sujeito de destaque, de honra, de modelo. O general Heleno não falou com nenhum militar? Ele faz parte do núcleo crucial e o grupo que ele tem mais influência, mais poder dissuasório, podemos assim dizer, que seriam as Forças Armadas, ele não fala com ninguém?”, questionou o defensor.

O advogado reforçou que o general não teve qualquer papel em supostas tentativas de reverter a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro (PL). “Isso, para nós, não existiu, essa questão de trama golpista nem nada. Partindo do pressuposto que existiu alguma coisa, o general Heleno não participou”, concluiu.
DIÁRIO DO PODER – Edição: Montedo.com

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