Proposta busca assegurar uma programação orçamentária mínima para o Ministério da Defesa
Por Edwaldo Costa – Jornalista e Segundo-Tenente (RM2-T) Marcondes
Em 9 de setembro, o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, participou de audiência pública no Senado Federal sobre a necessidade de maior previsibilidade orçamentária para as Forças Armadas.
O debate foi promovido pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e tratou da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 55, de 2023, que prevê a destinação anual de pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Defesa.
Autor da PEC e presidente da audiência, o senador Carlos Portinho afirmou que a iniciativa busca ampliar o diálogo com as Forças Armadas e com a cadeia econômica da indústria de defesa. Segundo ele, os recursos atuais são insuficientes, o que gera incertezas quanto à continuidade de projetos estratégicos.
O Almirante de Esquadra Rabello reforçou a importância da proposta para garantir investimentos contínuos no setor. Ele destacou que o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa e a consolidação das empresas da área ainda enfrentam entraves decorrentes da ausência de previsibilidade orçamentária.
“É fundamental que Marinha, Exército e Força Aérea atuem cada vez mais de forma integrada, aproveitando sinergias e somando competências em prol da Defesa Nacional. Por isso, é indispensável termos previsibilidade orçamentária, condição essencial para o avanço dos nossos Programas Estratégicos e para a consolidação da Base Industrial de Defesa”, disse o Almirante Rabello.



A audiência contou com a presença de parlamentares, representantes da indústria e Oficiais-Generais das três Forças. Estiveram presentes os senadores Hamilton Mourão, Jorge Seif, Esperidião Amin, Randolfe Rodrigues, Chico Rodrigues e Sergio Moro; o Tenente-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araújo, Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; e o General de Divisão Everton Pacheco da Silva, Chefe do Escritório de Projetos do Exército.
A discussão mostrou que o orçamento da Defesa vai além das Forças Armadas, envolvendo também a indústria nacional, a geração de empregos e renda, e a proteção dos interesses nacionais. Dar previsibilidade ao setor é garantir que o Brasil esteja preparado para os desafios do presente e do futuro.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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