Grupo de especialistas assegura apoio à formulação de políticas para a Base Industrial de Defesa e Segurança
A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) realizou, na última sexta-feira, a primeira reunião de seu Conselho Consultivo. Oficialmente constituído em 26 de junho, o colegiado é formado por sete integrantes de reconhecida atuação no setor de defesa e segurança e tem a atribuição de oferecer subsídios à formulação de diretrizes e à orientação institucional da entidade.
O encontro foi conduzido pelo Presidente do Conselho de Administração da ABIMDE, Luiz Carlos Paiva Teixeira, com a participação do Presidente-Executivo, Tenente-Brigadeiro R1 José Augusto Crepaldi Affonso. Teixeira destacou a relevância do grupo ao afirmar: “Estruturamos um conselho composto por nomes de grande prestígio, como o Dr. Flávio Basílio, Rodrigo Kuntz Rangel, Marcelo Borges da Fonseca e o professor Paulo Vicente, todos especialistas em análise de cenários; o Dr. Ronaldo Carmona, com expertise em inovação e tecnologia; o Dr. Peterson Ferreira da Silva; e o jornalista Nelson During, especialista em defesa. A contribuição destes profissionais será fundamental para o avanço de nossa estratégia de ação”.
Nos termos de seu estatuto, o Conselho Consultivo configura-se como o mais elevado órgão de aconselhamento da ABIMDE, reunindo brasileiros de notório saber e comprovado conhecimento das atividades da Associação e do setor de defesa e segurança nacional. Cabe ao colegiado oferecer subsídios à formulação de diretrizes, à orientação geral e à definição da linha mestra de atuação institucional, em matérias de interesse comum e em questões técnicas e administrativas, preservando total independência e ausência de função executiva.

A ABIMDE colheu expectativas dos novos conselheiros quanto ao desempenho de suas funções, reafirmando o compromisso da Associação com uma atuação colaborativa:
O jornalista Nelson During destacou a diversidade de origens dos conselheiros, que inclui pesquisadores, empresários e profissionais da imprensa, e afirmou que essa variedade de visões contribui para uma compreensão mais ampla dos assuntos de defesa e da política industrial, com impactos que vão além do setor militar.
O diretor de Negócio de Defesa da DuPont para a América Latina, Marcelo Borges da Fonseca, ressaltou que sua participação no Conselho será uma oportunidade para defender as condições necessárias ao fortalecimento da indústria nacional, especialmente frente à concorrência de empresas multinacionais. Ele enfatizou a importância de políticas de Estado que garantam autonomia tecnológica e industrial, especialmente em contextos de instabilidade geopolítica.
O professor de estratégia da Fundação Dom Cabral, Paulo Vicente Alves, afirmou que pretende contribuir com sua experiência em defesa, geopolítica e estratégia. Ele citou sua formação no Instituto Militar de Engenharia e sua atuação no Exército Brasileiro, além de seu trabalho acadêmico, como formas de agregar conhecimento ao Conselho.
O professor da Escola Superior de Defesa (ESD) e da Universidade da Força Aérea (Unifa), Dr. Peterson Ferreira da Silva, disse acreditar nas vantagens do diálogo entre governo, indústria e academia, defendendo um debate plural e orientado pelo interesse público sobre a indústria de defesa, especialmente em tempos de tecnologias disruptivas e instabilidade geopolítica.
Empresário e pesquisador, Rodrigo Kuntz Rangel lembrou sua trajetória de quase 15 anos como associado da ABIMDE e sua participação em grupos de trabalho e revisões estatutárias. Ele afirmou que espera contribuir para a continuidade do fortalecimento institucional e para a expansão da entidade, apoiando a administração nas tomadas de decisão e incorporando diferentes áreas do conhecimento ao debate.
O professor da Escola Superior de Guerra (ESG) e ex-integrante do Ministério da Defesa, Dr. Ronaldo Carmona, disse que retornar ao Conselho é uma honra e avaliou que o Brasil precisa reforçar sua capacidade dissuasória em um cenário internacional marcado pelo rearmamento e pela competição por recursos estratégicos. Ele pretende colaborar com o debate tendo por base sua experiência na Finep, no Ministério da Defesa e na Escola Superior de Guerra.
Ex-secretário de Produtos de Defesa e ex-Secretário Nacional de Segurança Pública, o Dr. Flávio Basílio afirmou que sua contribuição estará voltada à formulação de estratégias que consolidem a Base Industrial de Defesa, ampliem a competitividade e a inserção internacional do setor, com foco em inovação, parcerias estratégicas e fortalecimento institucional.
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