O CFR e o Plano Marshall
O Plano Marshall recebeu seu nome em honra ao discurso que deu em 5 de junho de 1947, o então secretário de estado, general Marshall, na Universidade de Harvard. Marshall propôs uma solução à desintegração econômica e social a que enfrentavam os europeus na pós-guerra da segunda guerra mundial. Sob seu programa, os Estados Unidos proporcionariam ajuda para evitar a fome em grandes zonas do continente, reparariam a devastação no menor tempo possível e convidariam aos países europeus a integrar-se em um plano cooperativo para sua reconstrução econômica. Segundo o folheto disponível na livraria do Congresso dos Estados Unidos, “América também se beneficiou do plano desenvolvendo uns valiosos sócios comerciais e uns aliados de confiança entre as nações da Europa Ocidental. E mais importantes foram os muitos laços de amizade individual e coletiva que se desenvolveram entre os Estados Unidos e Europa”.
O que se desconhece do Plano são suas implicações econômicas. Quer dizer, os requerimentos explícitos de que os Estados Unidos se aderisse a um liberalismo comercial e a um incremento da produtividade, “para assegurar a americanização da Europa, já que as elites políticas e econômicas européias ficaram ligadas a seus homólogos americanos, o qual tornava impossível nenhum desenvolvimento econômico, ou político significativo sem a aprovação do EE. UU.”, explica o jornalista político britânico Richard Greaves em seu ensaio Who really runs the world?
A Foreign Assistance Act de 1948 pôs em pé a Agência para a Cooperação Econômica (ECA) que administraria o Programa de Recuperação Européia (PRE).
Entre os anos 1948-1951, nos quais funcionou o Plano, o Congresso atribuiu 13,3 bilhões de dólares em ajudas à 16 países da Europa Ocidental.
O comentarista político Mike Peters, em um artigo da revista Lobster 32 intitulado “The Bilderberg Group and the project of European Unification”, escreve: Este exercício de generosidade internacional sem precedentes (qualificado pelo Churchill como “o mais nobre ato da história”) beneficiava diretamente aos propósitos econômicos das empresas americanas, orientadas internacionalmente, que o promoveram.
William Clayton (CFR), por exemplo, o subsecretário de Economia, cujos giros pela Europa e as cartas que enviava à Washington desempenharam um papel fundamental na preparação do Plano, e quem o defendeu ante o Congresso, tirou um proveito pessoal de 700.000 dólares ao ano; e sua própria companhia, Anderson, Clayton & CO., conseguiu 10 milhões em pedidos até o verão de 1949 (Schuman 1954; pág. 240). General Motors também obteve, de forma similar, 5,5 milhões de dólares em pedidos entre julho de 1950 e 1951 (14,7 % do total) e a Ford Motor Company, 1 milhão (4,2 % do total)». Kai Bird, editor e colunista da reconhecida revista A Nação, descreve em The Color of Truth: McGeorge Bundy and William Bundy: Brothers in arms» os aspectos ocultos do Plano: [Em 1949] “McGeorge Bundy, ex-presidente da Fundação Ford, iniciou um projeto com o CFR em Nova Iorque, para estudar o Plano Marshall de ajuda à Europa […] O grupo de estudo do conselho incluía algumas das autoridades em política internacional do establishment. Trabalhando com Bundy no projeto estavam Alien Dulles, David Lilienthal, Dwight Eisenhower, Will Clayton, George Kennan, Richard M. Bissell e Franklin A. Lindsay […] que em pouco tempo se converteram em funcionários de alta classe da nova Agência Central de Inteligência […] seus encontros eram considerados tão delicados que a habitual transcrição off the record não se distribuía aos membros do Conselho. Havia uma boa razão para esse secretismo. Esses eram provavelmente os únicos cidadãos particulares que sabiam que havia uma parte encoberta no Plano Marshall. Concretamente, CIA [controlada pelo CFR] apropriou-se de parte dos 200 milhões de dólares anuais dos recursos, em moeda local, dos receptores do Plano Marshall. Esse dinheiro não justificado foi usado pela CIA para financiar atividades eleitorais anticomunistas na França e Itália e apoiar aos jornalistas, líderes sindicais e políticos amigos.”
Origens do Plano Marshall
As origens do Plano Marshall encontram-se nas redes de formação política instituídas pelo CFR em 1939, antes da segunda guerra mundial. Michio Kaku e Daniel Axelrod explicam em “To win the Nuclear War. The Pentagon’s Secret War Plans,” que “as atas dos encontros secretos que mantiveram o Departamento de Estado e o CFR, que começaram em 1939, detalham explicitamente o papel do EE. UU.” Como força invasora e uma substituição do Império Britânico Mike Peters, em um dos poucos livros que mencionam em seu título ao terrorífico Clube Bilderberg, The Bilderberg Group and the project of European Unification, escreveu: “O plano que Marshall apresentou em seu discurso de Harvard tinha sido previamente traçado por um Grupo de Estudo do CFR de 1946 dirigido pelo advogado Charles M. Spofford e David Rockefeller, que inclusive elaborou um projeto intitulado ‘Reconstruction in Western Europe’.”
Através do Comitê para o Plano Marshall, formado em 1947, explica G. William Domhoff no The Powers that Be, publicado por Vintage Books em 1978, levou-se a cabo outro esforço para combater aos isolacionistas americanos de direitas. Presidindo o comitê se achava Henry L. Stimson, ex-secretário de Defesa e de Estado, membro do CFR da década de 1920. Cinco dos sete membros do comitê executivo estavam filiados ao CFR. O movimento para formar uma Europa unida era parte de um plano mais amplo para estabelecer um Governo Mundial. Carroll Quigley, professor de História da Foreign Service School da Universidade de Georgetown em Tragedy and Hope, livro que explica a evolução do establishment (diz do futuro da Nova Ordem Mundial no século XX), afirmou que a integração da Europa Ocidental começou em 1948 motivada precisamente pelo Plano Marshall […]. Estados Unidos tinha devotado a ajuda do Plano Marshall com a condição de que a recuperação européia se efetuasse sob um esquema de colaboração. Isto conduziu a Convenção para a Cooperação Econômica Européia […] assinada em abril de 1948 e o Congresso de La Haya para a União Européia, que teve lugar no mês seguinte.
O Congresso de La Haya apostava por uma União Européia e elaborou sete resoluções sobre diferentes aspectos dessa união política. A sétima dizia: “A criação de uma união européia deve ser entendida como um passo essencial para a criação de um Mundo Unido“, conforme escreve Dennis Behreandt no número de 6 de setembro de 2004 da revista The New American, em um artigo intitulado «Abolishing Our Nation-Step By Step».
Behreandt segue explicando que “o Plano Marshall, além de ajudar a levantar a Europa, conduziu em 1950 ao Plano Schuman quando o ministro dos Assuntos Exteriores francês, Robert Schuman, propôs que toda a produção de carvão e aço da França e Alemanha fosse posta sob a autoridade de um corpo supranacional, que, por sua vez, conduziria à Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA) e depois à Europa e ao Mercado Comum”.
O professor Quigley afirmava que “se tratava de uma organização autenticamente revolucionária; que tinha poderes soberanos, entre os quais se incluía a autoridade para arrecadar recursos fora do poder do Estado, controlar preços, canalizar investimentos, atribuir fornecimentos de carvão e aço durante épocas de escassez e deter a produção em tempos de abundância”. Em resumo, “a CECA (Comunidade Européia do Carvão e Aço) era um governo rudimentar”.
Firmado em 1951, o acordo uniu os recursos desses materiais de seis nações (França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda) sob uma única autoridade, levantando toda restrição sobre importações e exportações, criando um mercado trabalhista unificado, adotando uma política econômica conjunta e harmonizando os níveis de vida dos estados membros, o qual poderia ajudar a prevenir outra guerra.
Oculto pelo general Marshall e gente do CFR estava o fato de que a CECA era o primeiro passo concreto para uma unificação política, a primeira pedra na construção de um Império, o Império do Governo Único Mundial. Com a assinatura do Tratado de Roma, que facilitaria o estabelecimento da Comunidade Econômica Européia em 1957, deu-se o seguinte passo para o futuro Governo Mundial. O tratado de Roma começou a funcionar em 1 de janeiro de 1958.
Novamente, no artigo de 6 de setembro de 2004 de Dennis Behreandt para a revista The New American, pode ler-se: “As organizações regionais intergovernamentais e os corpos reguladores mundiais são o produto de um planejamento, a longo prazo, e o trabalho de um esforçado grupo de internacionalistas…” O qual coincide com os pensamentos do Ambrose Evans-Pritchard, em seu artigo de setembro de 2000, do Telegraph of London: “…a Inteligência do EE. UU. [Alien Dulles (CIA, ao serviço de Rockefeller) e o general Walter Bedell Smith (CIA), ambos membros influentes do CFR] dirigiram uma campanha, durante a década de 1950 e 1960, para criar o ambiente propício, para a futura União Européia. De fato, fundaram e dirigiram o movimento federalista europeu.” Assim, não seria aventurar-se muito dizer que o Governo Europeu atual foi facilitado pelo CFR através do Comitê Americano, para uma Europa Unida, dirigido pelo William Donovan, antigo diretor da OSS, precursora da CIA.
Por que o papel do CFR na história foi deliberadamente oculto e gradualmente substituído por uma versão completamente falsa dos fatos? Por que não há universidades, os centros do liberalismo americano, que ofereçam créditos para estudar numa das organizações privadas mais influentes do país, que trabalha tão estreitamente com o Governo para moldar a política externa detrás de seus objetivos privados? Como é possível que jornalistas de investigação, ganhadores de Prêmios Pulitzer, professores universitários, historiadores, escritores, homens de estado, políticos e investigadores não se precaveram do que acontece?
O fim
Uma curiosidade concernente ao CFR tem a ver com o fato de que as pessoas acham difícil acreditar que uma organização secreta como o CFR ofereça uma cópia de seu relatório anual que contém uma lista de todos os seus membros.
Não estarei exagerando sobre o secretismo, a falta de piedade e os objetivos a longo prazo dessa organização?
O CFR permitir-lhe-á ver seu relatório anual, revisar a lista de seus membros, ler sua página Web e assinar sua publicação Foreign Affairs.
Diferentemente do Clube Bilderberg, tem uma secretaria que educadamente responde a maior parte de nossas perguntas. Sem embargo, tudo é um engano. A tradução literal de suas autênticas intenções pode encontrar-se dentro das páginas do mesmo relatório anual que tão cortesmente oferecem ao público. A Tradução, como acontece com o Clube Bilderberg é: “Será melhor que não diga nada a ninguém sobre o que fazemos, ou dizemos aqui.”
No Relatório Anual do Council on Foreign Relations de 1992 diz-se claramente, em 20 lugares diferentes e com distintas palavras, que os membros não devem falar do que acontece lá dentro.
O Comitê Assessor Internacional do CFR, segundo a própria página Web do CFR, “está convidado a comentar os programas institucionais, as instruções estratégicas e as oportunidades práticas de colaboração entre o CFR e as instituições estrangeiras”; consiste em 44 membros escolhidos da Europa, EE.UU., América do Sul, África, Ásia e Oriente Médio. 90 % dos mesmos, ‘surpreendentemente’, pertencem à CT (controlada por Rockefeller), ao CFR, ou ao Clube Bilderberg. Se não se trata de uma organização secreta, então por que dar tanta importância, citando de vinte maneiras diferentes, a não-atribuição (tradução: melhor não dizer nada) em seu próprio relatório anual?
O Título 50 do Artigo 783 sobre a Defesa Nacional dos Estados Unidos diz:
“Irá contra a lei qualquer pessoa que conspire, acesse, ou se associe com qualquer outra pessoa para efetuar qualquer ato que contribua substancialmente ao estabelecimento dentro dos Estados Unidos, de uma ditadura totalitária, cuja direção e controle seja exercida por, ou sob, a dominação de um governo estrangeiro.”
O CFR, por manipular secretamente o processo do eleitorado em Estados Unidos; planejar a rendição da soberania dos USA. ao Governo Mundial; usar grupos de debate e de estudo para fazer avançar suas políticas diabólicas de conquista e escravidão mundial; planejar o desarmamento dos Estados Unidos contra o desejo rápido dos Pais Fundadores, aos quais um comerciante globalizador como Bill Clinton chamou radicais; situar, com conhecimento de causa, forças militares sob o mando da ONU, o qual vai contra a constituição do EEUU.; usar operações subversivas psico-políticas, com o objetivo de criar tensões perpétuas e manipular diferentes grupos de pessoas para que aceitem sua visão da Ordem Mundial, é culpado de todos os cargos.
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