A inflação do Brasil acumulada nos 12 meses encerrados em outubro atingiu 4,76%. Está 0,26 ponto percentual acima do teto da meta definida pelo governo ao indicador. O centro do objetivo é de 3,0%, mas com tolerância de 1,5 ponto percentual.
Os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta 6ª feira (8.nov.2024) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No mês, o avanço foi de 0,56%. Houve aceleração em relação aos 0,44% registrados no mês anterior. A alta acumulada em 2024 é de 3,88%.
O resultado veio alinhado com as expectativas do mercado financeiro. A mediana das projeções de agentes consultados pelo Poder360 indicavam uma alta de 4,75% em 12 meses e 0,55% em outubro.
A INFLAÇÃO
Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços. Ou seja, quanto vale o dinheiro de forma real e o peso no bolso do consumidor.
Os dados são importantes porque podem indicar como o Banco Central vai alterar ou manter os rumos dos juros no Brasil. A taxa básica (Selic) está em 11,25% ao ano, depois de uma nova alta em novembro.
O objetivo da movimentação do BC é controlar a inflação. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.
A autoridade monetária se comprometeu com um ciclo de altas na alíquota, mas não sinalizou qual seriam os patamares. Disse depois de elevar a Selic que “o ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude” dependerão do “firme compromisso de convergência da inflação à meta”.
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