O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 4ª feira (18.dez.2024) que a desidratação do pacote fiscal de corte de gastos no Congresso “não tem grande monta”. Afirmou que a equipe econômica está “está no caminho certo” e precisa de apoio do Congresso.
Ele concedeu entrevista a jornalistas antes de almoço com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A pauta é o prazo para a votação das propostas do pacote fiscal que limita o crescimento das despesas públicas.
Haddad disse que é importante manter a “escala” de contenção de gastos em um patamar próximo do desejado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para não haver “desidratação das medidas”. A equipe econômica disse que o pacote fiscal tem impacto de R$ 327 bilhões de 2025 a 2030.
“Até aqui [as flexibilizações dos projetos] não são de grande monta. Nós estamos confiantes que não vai haver desidratação pelas conversas mantidas nesses dias de 2ª [feira] para cá”, disse.
“Há aqui uma resistência ou outra, mas, a princípio, as coisas vão andar. Eu diria que a escala de contenção de gastos vai ser mantida”, completou.
O ministro disse que o Brasil precisa assegurar receita e despesa para cumprir as metas fiscais. O Tesouro Nacional divulgou que o governo terá deficit primário até 2026. As contas no vermelho têm impacto na dívida pública. Agentes financeiros operaram nos últimos meses com dúvidas na política fiscal. O dólar comercial voltou a superar R$ 6,15 nesta 4ª feira (18.dez.2024).
Segundo Haddad, o governo Lula atua tanto para aumentar a arrecadação quanto para diminuir a trajetória de alta dos gastos públicos. “Nós estamos no caminho certo, mas nós precisamos do apoio do Congresso Nacional. Vivemos, graças a Deus, numa democracia”, disse.